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“I‘ll just sit right here and sing that good old school shit to ya”, canta Mariah Carey em Dedicated, um dos pontos altos de seu novo álbum, “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse”.

Com 14 discos lançados em sua carreira de sucesso, Mariah nunca soou tão segura de si – ou nostálgica.

Afinal das contas, muita coisa aconteceu desde o lançamento de seu último disco de 2009, “Memoirs Of An Imperfect Angel”: O nascimento dos gêmeos, uma passagem polêmica pelo American Idol, alguns singles lançados nos últimos anos – alguns insanos festivos, e até mesmo uma lesão no ombro, resultando um grave acidente em seus braços.

Como resultado disto, tivemos o seu disco de estúdio muito, muito atrasado, que finalmente foi lançado esta semana. Podemos ver que é um trabalho feito com muito amor, dado com um toque de seus antigos trabalhos, com as letras encorajadoras. E também, é claro que temos aqui uma pitada do lado brincalhão e insano de Mariah, Daaaaaahling.

Partindo de um desenho que ela fez quando criança (ou talvez possa ser um desenho que ela fez em uma das noites que estava entediada sentada naquela mesa chata do American Idol – deixo isto para vocês decidirem!) para colocar como título do álbum, que foi anunciado através de um vídeo no Youtube, certamente “Me. I Am Mariah” é o disco que mostra a sua personalidade em toda sua carreira.

Partindo sem nenhum grande sucesso no Hot 100, algo muito raro de ver na carreira de Mariah (Sem contar com #Beautiful), o disco está desapegado em fazer grandes hits do Pop, e sim trazer de volta o seu antigo catálogo, talvez este disco também seja o seu álbum menos imediatista. É uma viagem íntima a sua vida; um trabalho para seus fãs fiés (Os Lambs), amigos, família, e, claro, para a própria Mariah.  Então, assim que você der o primeiro play no álbum vai se sentir no meio de uma festa de aniversário, sem aviso prévio, é claro.

Um pouco de conhecimento na vida de Mariah não é necessário para enfrentar o disco, no entanto, você precisa ter um pouco de apreciação por uma boa música. A primeira coisa que soa gritando em “Me. I Am Mariah” é o valor de sua produção. Você pode ouvir instrumentos crus, sem estarem computadorizados (difícil nos dias de hoje). Também acompanhados de barulhos de gargalhadas, barulhos de páginas de cadernos, corais, órgãos de igreja e também a lendária voz de Mariah, que embora tenha se passado tantos anos, ela resistiu e continua incrível, deixando com que muitas cantoras do Pop atual sintam vergonha de suas vozes. A mistura é requintada – o som de uma cantora indescritível, que particularmente é exigente e sabe o que realmente ela está fazendo atrás dos palcos.

Tal como acontece com este seu novo álbum, Mariah nos mostra o seu lado doce, “Me. I Am Mariah” é evidenciado pelo seu tema de abertura, “Cry.”, uma balada tocada em um piano. Talvez eu tenha me estendido demais para falar sobre, mas você ficará seduzido. No meio da canção, ela ganha força, te deixando hipnotizado até o final. Afinal, o que seria de uma música de Mariah sem a sua veracidade excêntrica?

No trecho: “Imprudently, I left every cell in me/So naked…somewhere at the core of you, bless our souls!”, ela canta e começa a chorar. Esta música é quase um hino.

De certa forma, “Me. I Am Mariah” é uma celebração para o seu legado de diva – e também pelo seu apreço por uma grande variedade de estilo de músicas. “Dedicated” desliza suavemente com um loop maravilhoso mostrando samples de “Da Mystery Of Chessboxin” do Wu Tang Clan –  “Carry like Mariah!” – como canta Mimi no retrocesso da canção de Wu Tang, e também fazendo referencia ao seu próprio clássico dos anos 90, o remix da épica “Fantasy”. “36 Chambers high/Feels like we’re there, yeah yeah yeah/Remix of a fantasy, I hear ‘em singing back to me,” – ela reflete feliz.

Em outro lugar, ela volta mais ao passado ainda, incluindo o sample do soul de Philly na música “Make It Look Good,” que soa como uma música da era Motown, com uma gaita maravilhosa. A música mostra uma Mariah sonhadora, flertando e rindo com o seu caminho através de uma batida gostosa.

Seja nos samples ou acenos líricos ao seu passado, a própria nova música de Mimi nos trás coisas antigas, que foram boas e ficaram em nossa memória, como a sua música do dia dos namorados, “You’re Mine (Eternal)” e seu single do hino do verão de 2013, a amigável “#Beautiful”, com Miguel,  que caem como perfeição no meio das outras faixas,  dando uma familiaridade boa aos fãs que a apoiaram nesta fase. (Felizmente “Triumphant (Get ‘Em)” foi descartada).

Mesmo quando ela trabalha com os produtores da atualidade, Mariah se remete ao passado, como fez em “Faded,” que foi um flerte com o produtor de “Bangerz” (Miley Cyrus), Mike Will Made It, onde ela mostra a sensibilidade da música urbana moderna, sem se afastar do seu estilo único no hip-hop, que são seus famosos sussurros, que estão aqui presentes no melhor estilo “Betcha Gon Know” de ser : “Whisper in my ear but in the morning you’re not here/So intangible, just like an echo”, ela fala,  nos levando a um dos melhores momentos do álbum: “You’re always somewhere but you’re not there for me! Not there for me-ee! Not there for me-ee!”

Um dos grandes destaques do álbum, sem surpresa, é quando Mariah decide testar um ritmo mais dançante e se divertir. A canção “You Don’t Know What To Do”, é um retrocesso à era da discoteca, que se encaixa muito bem a esta onda retrô que tem feito sucesso nas rádios atualmente. Começando com a introdução de piano, no melhor estilo de Dona Summer em “On The Radio”, ela se joga no seu melhor momento da diva dance. “I miss you almost half as much as you miss me”, ela grita. A música tem tudo para ser um grande hino do verão. A única parte irritante é quando Wale entra resmungando em cima das partes de Mimi. Pare com isto, por favor.

Como a lendária rainha das cutucadas, a diva não deixou de fora os seus momentos atrevidos. Na canção “Thirsty,” que tem uma batida urbana, é creditada por Hit-Boy (responsável por “Ni**as In Paris”) Mimi chama o carinha sedento por fama e o coloca em seu devido lugar (“Uh, you’re thirsty! Uh, you’re thirsty!“), mostrando a sua cutucada inteligente através das batidas Pop: “The Hollywood sign calling you again/So you stuntin’ on your Instagram, but that shhh ain’t everything.”, (assim como ela fez com o Youtube em “Touch My Body,” do E=MC2‘, Ela segue tendências e cita o Instagram) Mas podemos colocar com um dos momentos mais chatos do disco, mas isso não é uma crítica.

Um pouco depois, aparece “Meteorite”, ela faz algo muito eletrizante, um tipo de som que ela nunca tinha feito antes. (Mas nunca é tarde para começar, né?), começando de um jeito bizarro, usando os trechos de “15 Minutes of Fame” do Andy Warhol, Mimi mergulha de cabeça na pista de dança, sendo uma música que pode ser ouvida e curtida em qualquer horário, seja de noite ou durante o dia – além de ter um refrão grudento, que dá para fazermos sincronia labial (“Meteorite-ite-ite!”), que qualquer fã devoto da Cher adoraria que ela tivesse feito algo assim. “So here we go, listening, what are you saying?/Put on your show, try to make it entertaining,”- ela canta, talvez seja outra crítica discreta aos desesperados a fama, como ela fez em “Thirsty”.

“Money ($ * / …)” — que ganha o título como a faixa mais insana do álbum, é outro destaque do Hit-Boy: Envolvida em torno de um loop nervoso do hip-hop, Mariah nos assegura que dinheiro não é tudo. “Money, this, that, the other/Don’t mean nothing other than jets on holidays/And chefs with hollandaise/Expensive lingerie, ’cause I come home to you.” É um doce sentimento, certo? (talvez isto deixe o Nick mais tranquilo?) e certamente é maior canção do ano que faz referencia ao famoso tipo de molho holandês.

Falando de família, “Supernatural” é incrivelmente cativante, talvez seja a canção mais íntima por aqui. É o momento mamãe de Mariah (toda popstar tem o seu). A faixa traz os Dembabies, mais conhecidos como senhorita Monroe e senhor Moroccan Scott Cannon (que são também creditados como Roc’N Roe) – que riem e acompanham as notas musicais de sua mãe sem perder o compasso. No minuto final… bem, a batida acaba e dá espaço para uma frase: “I’m a chanteuse!” – gritada por Monroe. “I know you are, dahhling!” responde Mariah, rindo calorosamente. É emocionante – e talvez um pouco aterrorizante. (Prepare-se para ouvir estas crianças cantando na sua cabeça até tarde da noite). Agora, Miss Monroe está disponível para uma indicação ao Grammy com esta participação?

Quando ela não está rindo com seus filhos, Mariah coloca uma cara de orgulhosa: De “Cry” para  “You Don’t Know What To Do” até “One More Try”, trazendo Mimi com um tom de sentimentos tristes. Liderada por um piano, “Camouflage,” mostra a cantora cantarolando suavemente em lágrimas: “Didn’t we swear we’d give it our everything? Didn’t I give you all of me?” – ela implora.

Nada mais que um tapa sentimental na cara, é o seu cover do clássico de George Michael, “One More Try”, os instrumentos como o órgão de igreja e o tambor, levam mais beleza para casa de vocês. Ele que era para ser o seu momento solitário no disco, conta com um coro extra ao fundo. O trecho: “So I don’t want to learn to hold you, touch youu-oo-ah-oou…” dá até arrepio.

No entanto, ao longo de todas as lutas emocionais, há uma luz no fim do túnel de Mimi – um arco íris, mesmo! A diva cai de cabeça no seu lado gospel na faixa mais edificante do álbum – “Heavenly (No Ways Tired/Can’t Give Up Now)”, que parece ser um tributo para o James Cleveland. “I just can’t give up now,” – Mimi chora ao fazer uma citação a “Can’t Give Up Now” de Mary Mary. Deixe Mimi mudar o seu caminho para o céu. Apenas Louve!

Apesar de sua estrutura turbulenta até o seu lançamento, o disco “Me. I Am Mariah” é uma vitrine do melhor que temos do R&B, Soul, Gospel e Disco, adaptado por um dos maiores talentos do mundo da música. Esta não é uma coleção de músicas Pop de rápido consumo, é uma música real, um bom flerte com uma boa música. “#Beautiful” pode ser servida em qualquer noite de verão. É um tipo de álbum para aqueles que se lamentam que ninguém faz música boa como antigamente.

Coloque o fone no seu ouvido e se deixe levar pelos sons doces de Mimi. Depois de um tempo, a riqueza do disco será revelada, pois no final das contas, ela é indescritível.

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