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A Slate Magazine publicou um artigo bem bacana sobre o hit de Natal de Mariah Carey, “All I Want For Christmas Is You”, explicando os motivos pelos quais a música deve ser considerada uma das mais importantes do século passado. Confira abaixo:

Mariah Carey não terá um Natal muito alegre. Seu divórcio com Nick Cannon se transformou em algo feio e demorado, um fato que foi noticiado pela People Magazine como sendo outro evento de grande escala para estragar a sua vida. Depois de supostamente passar horas no telefone com os advogados dela há umas semanas atrás, a cantora chegou ao Rockefeller Center extremamente atrasada para cantar sua canção clássica de Natal, “All I Want for Christmas Is You”, ao vivo na TV.

Talvez devido à falta de tempo suficiente para aquecer a voz, Carey foi incapaz de produzir muitas das notas cruciais da canção que se enquadram na sua “voz-modelo”. Sua performance foi como assistir Larry Holmes nocautear Muhammad Ali na famosa e fatídica luta de boxe dos anos 80 na tentativa de retorno do grande boxeador. Sylvester Stallone, que estava acompanhando a luta, disse que era “como assistir a uma autópsia em um homem que ainda está vivo”.

Essa analogia atlética pode ser particularmente adequada, embora o boxe seja realmente o esporte errado. Cantores de elite tendem a ser mais como ginastas -mesmo os melhores não são capazes de reproduzir os feitos mais impressionantes de sua juventude. O destino trágico de todos os vocalistas é que eles nunca são novamente tão jovens quanto eles foram no dia em que gravaram seu maior hit. Jon Bon Jovi mal consegue alcançar as notas de “Livin ‘on a Prayer”, da forma em que foi lançada em 1986, por isso não é de se estranhar que ele não consiga repetir o feito em qualquer outra apresentação.

Esses projetos de Grinch* da cultura Pop que vergonhosamente espalharam veneno sobre a performance de Mariah precisam lembrar de duas coisinhas: 1) Mimi canta melhor – mesmo em seu pior dia – do que 99,9% de todos os seres humanos do planeta; 2) Ela é co-autora, junto com Walter Afanasieff, da única canção de Natal escrita na última metade do século, digna de entrar para o Great American Songbook – catálogo das canções populares norte-americanas mais importantes e mais influentes do século 20.

As canções de Rock ‘n’ Roll (e as canções Pop subsequentes influenciadas pelo gênero) devem conter apenas três ou quatro acordes, cada acorde normalmente é apenas um maior ou um menor. Já as canções típicas de um songbook devem ser mais elaboradas. Essas melodias em particular, são usadas por músicos que querem construir algo mais clássico, como por exemplo “Happy Xmas (War Is Over)”, de John Lennon e Yoko Ono, onde o vocabulário é mais harmônico nos moldes dessas canções de Natal da década de 40.

Mas “All I Want For Christmas Is You”, de Mariah Carey, faz mais do que sutilmente remeter à canções de Natal de Judy Garland ou Nat King Cole.  A música soa como se tivesse sido escrita nos anos 40, trancada em um cofre que só foi aberto em 1994, quando Mariah precisava de uma nova música de Natal para seu álbum. Mas claro que esse não foi o caso. Mariah e Afanasieff escreveram a canção.

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Eu conto pelo menos 13 cordas distintas no trabalho em “All I Want for Christmas Is You”, resultando em uma melodia suntuosamente cromática. A canção também inclui o que eu considero o acorde mais natalino de todos.

Devo dizer que eu estou falando aqui apenas sobre o conteúdo harmônico da música. A forma como aquelas harmonias são articuladas com ritmos, instrumentos, e frases é tirado direto do soul e R&B, que não viria a ser popularizada até uma ou duas décadas após o cenário pós-guerra.

Na verdade, essa é outra razão pela qual “All I Want for Christmas Is You” nos faz tão feliz. Ela nos lembra dos grandes covers de Natal, clássicos pré-guerra da Motown dos anos 60 e 70, como a versão do Jackson 5 de “Santa Claus Is Coming to Town” ou a leitura alegre de Stevie Wonder de “The Christmas Song”. A canção de Carey nos dá uma dose dupla de nostalgia da metade do século.

Mariah Carey pode não ter mais a medalha de ouro olímpico da voz que ela tinha em seus 20 anos, mas as canções podem durar para sempre, e, no caso de “All I Want for Christmas Is You”, eu creio que irá. E enquanto eu escrevo, mais uma vez ela está em um lugar familiar no topo da Billboard Holiday Chart.

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