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Foi um esforço muito grande não prestar atenção ao redor do Beacon  Theatre na série de shows que Mariah está fazendo por lá – All I Want for Christmas Is You, e em todo o burburinho dos fãs presentes no local.

Fiquei procurando por rostos familiares na multidão, que estavam presentes nos outros shows dessa temporada. Imaginei que os fãs mais fervorosos de Mariah seriam mais fáceis de serem identificados, que seriam mais escandalosos, usando camisetas retrô de turnês passadas, ou que as mesmas pessoas na primeira fila estivessem focadas em tirar selfies na esperança de conseguir um registro de Mariah no palco. Imaginei que os Lambs seriam como qualquer outra fanbase: mostrar a habilidade de cantar junto cada música, sua coleção de merchandise, seu vasto conhecimento sobre Mariah e sobre as eras pré e pós o “The Emancipation Of Mimi”.

Aí percebi que isso tudo é bobagem. Não só todo mundo estava usando camisetas da Charmbracelet Tour, mas assim como o filme “Simplesmente Amor” – responsável por popularizar e manter viva a chama de “All I Want For Christmas Is You”, os Lambs estão por toda a parte. O fato é que as pessoas não estão indo ver qualquer show de Mariah Carey, elas estão indo ver um espetáculo muito específico, com músicas que, na maioria das vezes nem são de autoria dela. E ao fazer isso, você automaticamente pode ser considerado um Lamb de carteirinha, porque está participando da festa de Natal de Mariah. Fãs da China estão vindo para poder participar desse momento tão especial e importante. Se isso não é ser um fã devotado, então não sei o que é.

Podemos ver isso por uma perspectiva econômica. Digamos que você queira ver Mariah em sua magnitude e resolva desembolsar uma pequena fortuna para ir até Vegas e dedicar algumas horas do seu tempo para prestigiar Mariah no Colosseum que, aliás, é para onde Mariah vai voltar em Fevereiro com sua residência, “#1 To Infinity”, cantando seus 18 singles #1 na Billboard Hot 100.

Esses ingressos – que variam de 70 à 270 Dólares + impostos (em lugares mais privilegiados do teatro), e que são válidos para qualquer noite de apresentações em fevereiro, são bastante similares aos ingressos para ver Mariah no Beacon Theatre. Isso até pode soar como mal negócio, visto que você não irá ouvir grandes clássicos no Beacon – a parte em que ela canta “We Belong Together”, “Emotions” e “Hero”, não é nada perto do que se ouve em Vegas. Mas você irá presenciar algo tão amável com essa lista de clássicos de Natal, que são músicas favoritas de Mariah, além da grandiosidade de “All I want For Christmas Is You”. Mariah deixa bem claro o quanto ela gosta do Natal; ela realmente AMA essa época do ano. E isso torna o show suave e pessoal, mais do que uma super produção de Vegas. Você não irá ouvir “Fantasy” ou “Heartbreaker” ou ainda uma retrospectiva de sua carreira no Beacon, nem vai ver uma introdução com os maiores feitos de Mariah. Você entra no Beacon com aquela necessidade de ouvir os hits, e é encorajado a não se levar a sério – nem Mariah –  por 1 hora e 15 minutos, porque você vai ver caras adultos vestidos com fantasia do urso Teddy dançando pelo palco no final do espetáculo.

Mariah não está fazendo show para qualquer público: ela está fazendo isso para uma plateia que a conhece muito bem, e na época favorita do ano para ela – e é isso que deixa o especial de Natal de Mariah diferente do resto. Isso não é para celebrar sua carreira ou o sucesso grandioso de seu álbum de Natal. Isso é sobre os aspectos de Mariah que não conseguimos demonstrar, sobre o quão descontroladamente cativante é o relacionamento dela com sua fanbase, que no show está toda trabalhada nos adornos Natalinos.

Talvez seja por isso que eu não estava conseguindo captar todos esses sintomas característicos dos Lambs –  eu estava tão mergulhado nisso que nem percebi que estava cantando músicas que nem conhecia antes do dia 8 de dezembro. Se eu fosse para Las Vegas para experimentar uma overdose dos hits #1, não sei se eu abraçaria essa causa no mesmo nível como abracei aqui no Beacon, porque já sei o que esperar já que é um show específico. Enquanto as músicas de Natal de Mariah são previsíveis e obsoletas – com exceção de “Oh Santa!” e “O Holy Night” (que é o ponto alto do show), ela não é. A Diva inventa de cantar uma versão R&B da maldita e clássica música “Dreidel”. Uma coisa  é fazer um show de grandes sucessos ser interessante durante várias noites, mas pegar uma das mais antigas canções na face da terra e não deixar ela parecer chata é um desafio que só Mariah pode superar.

Fonte: The Village Voice

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