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People Magazine

A polêmica apresentadora Wendy Williams, falou em seu programa, The Wendy Williams Show, sobre as falsas alegações da ex-empresária de Mariah CareyStella Bulochnikov, e soltou os cachorros em cima dela. Confira a transcrição do vídeo abaixo:

Bom, Mariah Carey…Mariah, Mariah, Mariah…eu disse a todos vocês que aquele reality show era algo muito ruim a se fazer e continuei enfatizando todas as vezes que aquela empresária aparecia em cena que ela não seria boa para Mariah. Ela se maquiava de um jeito que deixava as bochechas maiores do que qualquer pessoa que eu conheça, suas unhas sempre estavam impecáveis, você olha para as duas e fica pensando ‘quem é a estrela aqui?’. Não que você não queira pessoas bonitas ao seu redor fazendo coisas legais, mas essa mulher aqui, Stella, tipo, quem é a estrela?

Eu não gosto dela, não gostava dela antes e agora está provado o porquê. Stella está ameaçando processar Mariah se a cantora não a pagar. Os advogados de Stella estão alegando que ela foi demitida sem motivo e enquanto estava sob contrato. Certo, mas e daí? Mariah te demitiu, ela te paga o resto de tempo do contrato que sabemos que é como se fosse uma gorjeta pra ela, tipo, manda essa mulher pra bem longe.

Depois, essa mulherzinha, Stella, disse que se Mariah não a pagar ela vai abrir uma enorme ação judicial que incluirá detalhes sórdidos. E essa ação judicial, pelo que ouvi, gira em torno de 2 milhões de Dólares. Mas esse valor é irrisório para que Mariah tire essa viúva negra da vida dela. Vocês se lembram dela no programa? Você não olhavam pra ela e pensavam: huuuum. Ela está alegando coisas do tipo, que Mariah costumava andar sem roupa e fazer coisas sexuais na presença dela. Mas querem saber de uma coisa, quando se vive uma vida de showgirl do porte de Mariah, em que se está constantemente fazendo trocas de roupa, alguém sempre te vera nua, e eu não sei o que ela quer dizer com ‘prazeres sexuais’ e todo esse tipo de coisa, Stella, mas teve um segurança da Mariah que moveu uma ação contra ela há um tempo atrás alegando a mesma coisa, acho que ele desistiu, de qualquer forma ele não está mais com Mariah e dizia que ela costumava andar nua na frente dele, e quer saber de uma coisa? Bem vindo ao mundo de Mariah. Se eu tiver um jatinho particular atravessando o país e de repente calhar de aparecer nua, é só olhar pra baixo;

E essa mulher ainda está alegando que Mariah é viciada em remédios e álcool e tem mais, ela está dizendo que Mariah estava chapada naquele episódio da apresentação de ano novo, e que Mariah se recusava a tomar remédios para transtorno bipolar. E é o seguinte, esse provavelmente foi o motivo que fez Mariah revelar sobre o seu transtorno bipolar, que é uma notícia nova. Mariah provavelmente ouviu que essa mulher iria revelar essas coisas, e resolveu sair na frente do problema, entrou em contato com a People Magazine que lhe deu capa da edição, e dentro ela falou que foi diagnosticada com o transtorno bipolar em 2001, mas ela não queria nos contar porque achou que pensaríamos que ela era estranha ou seja lá qual for o estigma que acompanha o fato de ter transtorno bipolar, e falando francamente eu não acho que isso seja mais um estigma, acho que era mais a Mariah tentando ser perfeita, mas de qualquer forma, estou do lado da Mariah.

Os advogados de Mariah estão alegando que as acusações de Stella são frívolas e infundadas, e quer saber mais, eu daria à ela os 2 milhões de Dólares tudo em moedas dentro de uma mala. Tipo, só sai do meu caminho. E não há nada nessa história sobre Mariah Carey que…tipo, em primeiro lugar, eu não acreditaria e segundo, ela está bem, tomando seus remédios, ela é uma nova pessoa, e é um novo dia. Tipo eu fico imaginando se ela prefere um cachimbo, um canudo, um beckzinho, e se ela fumasse ela seria a primeira a dar uma baforada para não pegar os germes das outras pessoas, sabe como é né, fica meio úmido na ponta…é o que me contaram.

Wendy começa a falar sobre o caso no minuto 3:00. Confira abaixo o vídeo:

Stella Bulochnikov está de todas as formas tentando tirar dinheiro de Mariah Carey, como não conseguiu nenhum artista para agenciar após ser demitida por Mariah Carey, ela está inventando calúnias sobre a Carey com o fim de ridicularizar a sua ex-cliente.

Além disso, Stella contratou os advogados de alta potência Pierce O’Donnell e Bert Fields, que trabalharam com a clientela de primeira linha durante suas carreiras, para dar andamento em seu processo contra a Mariah Carey.

Ela que é conhecida por criar factoides e vender para sites de fofoca como o TMZ , Stella  e seu advogado Pierce O’Donnell acabaram de conceder uma entrevista ao site The Blast com diversas calúnias contra Mariah.

O’Donnell afirma que Mariah demitiu Stella sem motivo, enquanto ela estava sob contrato.

O’Donnell, que descreve Mariah como “um acidente de trem”, diz que Stella ficou com uma divida de milhões de dólares, pois ele afirma que ela tinha uma parceria de 50% em uma produtora que montou com a Mariah.  Ainda de acordo com o advogado, a dívida pode gerar em torno de 100 milhões de dólares.

Se Mariah não resolver, O’Donnell diz que vai seguir adiante com uma “ação de grande sucesso” que incluirá vários detalhes sórdidos.

Para começar, O’Donnell afirma que a grande revelação de Mariah para a People, de que ela foi diagnosticada com transtorno bipolar em 2001 é “uma grande mentira”. O’Donnell diz que, embora o diagnóstico fosse verdadeiro, “o motivo dela  está nessa posição agora é porque  ela se recusava em  tomar a medicação ”.

“Ela é viciada em álcool, remédios controlados e maconha”, acrescenta.

O’Donnell aponta para o infame colapso da noite de Ano Novo de Mariah – onde ela culpou seu desempenho desastroso no mau funcionamento em seu retorno. Mas segundo o advogado, Mariah supostamente estaria “chapada” e mal conseguia subir no palco.

“Stella pediu a Mariah que ficasse sóbria e ela recusou. Stella então se tornou sua guardiã e protetora constante ”, diz O’Donnell.

Como The Blast relatou pela primeira vez, Carey foi processada no início deste ano por se desfazer de dois shows que ela deveria realizar na América do Sul em 2016. Carey alegou que os shows foram cancelados devido a problemas com os promotores, o advogado de Stella  disse que Mariah estava “sem forma de se apresentar” e estava em péssimo estado maníaco.

O’Donnell diz que Stella foi responsável pela revitalização recente da carreira de Mariah e disse: “O que ela recebeu em troca de seu sucesso como empresária e protetora? Ser sumariamente dispensada.”

Ele acrescenta: “Esta injustiça não vai ficar sanções.”

Um representante de Mariah Carey declarou ao The Blast: “Stella Bulochnikov foi demitida do emprego como empresária de Mariah devido à falha em desempenhar seu trabalho de forma eficaz e foi prejudicial à sua cliente. Stella não trabalhava sob contrato de emprego. Ela vem espalhando falsos rumores para qualquer meio de comunicação que os publique. Nós não responderemos a mentiras e ameaças. Novamente, se essa alegação frívola e infundada for registrada, nos defenderemos vigorosamente e com sucesso. Também é interessante notar que este é o primeiro advogado que representará o nome de Stella, tendo anteriormente passado por outros três que não o fizeram”.

‘É hora de finalmente compartilhar minha história’

Após anos de sofrimento em silêncio, o ícone da música fala abertamente sobre sua batalha contra o transtorno bipolar – e por que ela finalmente conseguiu ajuda.

 

Mesmo que ela interprete uma diva às vezes exagerada em público, Mariah Carey é consideravelmente mais discreta em pessoa – inteligente, experiente e reservada. Ela também é uma música séria. Uma das cantoras e compositoras mais bem-sucedidas de todos os tempos, ela já vendeu mais de 200 milhões de discos e foi fundamental para trazer o hip-hop e o R&B para o mainstream. Mas seu comportamento errático ao longo dos anos também confundiu seus fãs – e levou à especulação de que ela sofria de doença mental. Agora, pela primeira vez, Carey,  aos 48 anos, está se dando conta de sua batalha contra o distúrbio bipolar II, uma doença que pode causar longos períodos de depressão, assim como episódios maníacos conhecidos como hipomania. Depois de anos de sofrimento, ela recentemente começou o tratamento na ponta do pé, que ela chama de  “o mais difícil em vários  anos que eu passei” – anos que incluíram revolta em sua vida profissional, drama romântico que se desenrolou em público para um  reality show no E!.

Carey – cujos pais se divorciaram quando ela tinha 3 anos – frequentemente mencionou suas dificuldades em sua música. Ela diz que a letra de sua música de 1997, “Outside”, narra seus sentimentos sobre o ter crescido como biracial: “No começo você percebe que não tem um espaço onde você se encaixa …” Em 2002, “Through The Rain” ela escreveu sobre seu próprio desespero e determinação: “Quando você continua chorando para ser salvo, mas ninguém vem, e você se sente tão distante que simplesmente não consegue encontrar o caminho de casa, mas você pode chegar lá sozinho. Está tudo bem …. “

Escrever músicas e cantar a ajudou numa infância dolorosa, e fazer música, ela sempre diz que foi “uma forma de terapia”. Mas ela estava mal preparada para o estrelato quando veio a ela, que foi de forma rápida e brutal, em seus 20 e poucos anos, com suas pressões de empresários, equipe e minuciosamente do público. Em 2001, uma década depois de seu primeiro álbum, ela foi hospitalizada por um colapso físico e emocional após se divorciar em 1998 do presidente e CEO da Sony Music, Tommy Mottola, e de sua gravadora Columbia Records. “Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida”, diz ela. “Eu tinha acabado de sair de uma grande gravadora  que tinha muito apego pessoal. Eu estava tentando superar isso e seguir em frente. Foi muito, muito difícil de combater o sistema.” Carey foi diagnosticada com transtorno bipolar na época, mas “vivi em negação”. Desde então, seus altos e baixos pessoais e profissionais têm sido uma prova do talento e da doença que ela manteve em sigilo.

Agora, fazendo terapia e  tomando medicação, Carey divide a custódia de seus  filhos gêmeos de 6 anos de idade, Monroe e Moroccan com o ex-marido Nick Cannon. Ela está namorando o coreógrafo Bryan Tanaka, de 34 anos (“Estamos indo muito bem”, ela diz), e está de volta ao que chama de “elemento” – o estúdio de gravação, trabalhando em um novo álbum a ser lançado ainda este ano. Carey conversou com a editor-chefe da People, Jess Cagle, de sua casa em Los Angeles.

People: Por que você quer compartilhar esta parte de sua vida agora?
MC: Eu estou em um lugar muito bom agora, onde estou confortável discutindo a luta com transtorno bipolar II. Espero que possamos chegar a um lugar onde o estigma é levantado das pessoas que passam por qualquer coisa sozinha. Pode ser incrivelmente isolante. Não tem que definir você e eu me recuso a permitir que me defina ou me controle. Essa é apenas um pouco que eu senti na hora de falar… Eu também fui inspirada com a coragem de outras celebridades que revelaram as suas próprias batalhas.

People: Quando você foi diagnosticada?
MC: 
Fui diagnosticada pela primeira vez quando fui hospitalizada em 2001. Não acreditei. Eu não queria acreditar. Eu não queria carregar o estigma de uma doença ao longo da vida que me definiria e potencialmente terminaria minha carreira.  Pessoas que tiveram a vida que eu tive enquanto estava crescendo não querem passar por isso novamente. Eu estava com tanto medo de perder tudo, me convenci de que a única maneira de lidar com isso era não lidar com isso. O ambiente  que vivi quando era criança não apenas intensificou minha doença, mas também afetou minha disposição em buscar uma solução de longo prazo para ela. Até recentemente vivi em negação e isolamento e com medo constante de alguém me expor. Era um fardo pesado demais para carregar, e eu simplesmente não podia mais fazer isso … Eu procurei e recebi tratamento, coloquei pessoas positivas ao meu redor e voltei a fazer o que amo – escrever e produzir músicas . Por mais difícil que seja, também sabia que era hora de finalmente compartilhar minha história.

People: Você pode descrever qual foi o episódio mais surtado, e também o episódio mais depressivo para você?
MC: 
Por muito tempo pensei que tinha um distúrbio grave de sono. Mas não era insônia normal, e eu não estava deitada acordada contando carneirinhos. Eu estava trabalhando, trabalhando e trabalhando. Eu pensei que trabalhar e promover por dias seguidos sem dormir era apenas parte da minha vida. Eu estava irritada e com medo constante de decepcionar as pessoas. Acontece que eu estava experimentando uma forma de obsessão. Eventualmente, eu acabaria quebrando a cara. Eu acho que meus episódios mais depressivos foram caracterizados por ter energia muito baixa. Eu me sentia muito cansada, solitária e triste – até mesmo culpada por não estar fazendo o que precisava para minha carreira.

People: Como você está sendo tratada agora?
MC: Há muitas maneiras diferentes, eu não quero ser super específica com isso. Eu tenho acesso a ótimos cuidados médicos. Estou me exercitando, fazendo acupuntura, comendo de maneira saudável, passando tempo de qualidade com meus filhos e fazendo o que eu amo, que é escrever e fazer música. Além disso, estou me envolvendo com influências positivas e, finalmente, recebendo o apoio físico e emocional de que preciso. Não faz mal se eu fizer uma maratona de The Office.

People: Você ainda está descobrindo que tipo de medicação tomar?
MC:
Eu estou realmente tomando medicação que parece ser muita boa. Não está me fazendo sentir muito cansada, lenta ou algo assim. Encontrar o equilíbrio adequado é o mais importante.

People: Quando o seu trabalho é ser criativa, isso deixa mais difícil você encontrar o equilíbrio certo com a medicação?
MC: Não, eu não penso assim. Eu só acho que o melhor, como qualquer outra coisa,  é não exagerar.  O problema dos remédios são efeitos colaterais, mas agora estou bem. Eu estou em um bom lugar.

People: Você já tentou diferentes tipos de tratamentos ao longo dos anos? Você já foi diagnosticado incorretamente?
MC:
Eu tenho sido tratado por depressão, ansiedade e distúrbios do sono. Neste ponto da minha vida, não estou realmente interessada em culpar ninguém. Isso é feio e ficou no passado. Eu aceito a responsabilidade e quero seguir em frente, ficar curada e fazer o que eu amo – fazer e escrever músicas e todas as outras coisas criativas.

People: No início dos anos 90 você teve sucesso de imediato. Quão difícil foi lidar com isso devido aos seus sentimentos de insegurança e não de se adequar?
MC:
Eu sempre trabalhei com isso. Eu tinha ambição e queria ter certeza de que nunca passaria por uma coisa que eu não tivesse condições de cuidar de mim mesma. Mas, ao fazer isso, permiti que as pessoas me ajudassem a trabalhar em um negócio onde, às vezes, elas aproveitavam os jovens. … Precisava haver limites.

People: Trabalhar torna possível não refletir sobre o problema, o que não desaparece. Apenas fica mascarado por outras coisas.
MC:
Quando eu comecei, eu era tão jovem e ingênua, deixando os outros me controlarem. Eu acho que sou apenas vulnerável a esse tipo de coisa. Não foi saudável. Eu me senti perdida nos últimos anos. Eu realmente sentia falta de colocar meu ouvido e minha alma na minha música, e tudo que eu realmente queria fazer era voltar ao estúdio e escrever músicas e cantar.

People: Olhando para os últimos anos, há coisas específicas que você gostaria de ter evitado?
MC:Eu gostaria que pudéssemos simplesmente apagar essas coisas.

People:  Todos esses anos?
MC:
Bom, talvez os últimos anos. Mas acredito que tudo acontece por um motivo. Então, talvez tenha me levado a passar pelos dois anos mais difíceis que vivi e pelos quais penei para sair de lá e encontra um outro positivo.

People: Há coisas que vimos nos últimos anos que você gostaria de não ter feito?
MC:  
Ao invés de culpar alguém ou jogar as pessoas debaixo do ônibus, eu acho que é mais minha responsabilidade cuidar de mim mesma, e isso é uma coisa fortalecedora.

People: Depois de ser hospitalizada em 2001, você passou de muito esgotada a um funcionamento tão alto que quatro anos depois você lançou The Emancipation of Mimi, que teve um tremendo impacto na música. Como você conseguiu isso enquanto sofria de transtorno bipolar e não estava sendo tratada?
MC:Quando estou no estúdio fazendo música, estou vestida com o meu personagem [Como a  Mimi]. Eu fui para Capri. Eu trabalhava com o  meu engenheiro no estúdio e observava o nascer do sol. Estava trabalhando todas as noites, mas é a criatividade. Eu sempre fui uma pessoa mais noturna. Isso é uma forma de terapia para mim.

People: Como estão seus filhos estão no meio disso tudo?
MC:
Estão ótimos, os meus filhos são incríveis!  Eles são tão inteligentes e engraçados. O que poderia ser mais terapêutico do que passar tempo com meus filhos, rir e vê-los curtir a infância? Eu só quero isso para eles. Meu relacionamento com Nick é muito positivo e nós somos pais, e a coisa mais importante que posso fazer por meus filhos é dar a eles o que eu realmente não tive, a chance de viver em um lar seguro cercado por pessoas. quem os amam e apoiam incondicionalmente.

People: A maternidade teve algo a ver com a sua decisão de receber tratamento?
MC: Eles são tudo para mim. Eles nunca vão me ver sentada chorando e sendo um desastre emocional na frente deles. Isso nunca vai acontecer.

People: Você esteve envolvida com o magnata James Packer recentemente, e muitas pessoas se perguntaram o que você estava pensando sobre isso. Você quer explicar?
MC: Eu me pergunto o que eu estava pensando também. Toda a situação foi um redemoinho, mas eu definitivamente desejo a ele o melhor.

People: O que te faz feliz hoje em dia? O que é um dia perfeito?
MC: Nós tivemos um dia incrível na Disneylândia, foi muito divertido! É realmente sobre as crianças e a música. Espero que os fãs possam ler isso e não dizer “Oh meu Deus. O que há de errado com Mariah?” Espero que eles só vão entender que estou fazendo isso com a esperança de ajudar os outros e também porque vai ser uma experiência libertadora para mim.

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Ao ir a público como alguém que vive com transtorno bipolar, a estrela pop recuperou sua própria narrativa e destacou como a conversa pública em torno da saúde mental e da celebridade feminina está mudando rapidamente.

No início desta semana, Mariah Carey falou publicamente pela primeira vez sobre transtorno bipolar em uma reportagem de capa da revista People. Sua declaração imediatamente virou notícia e inspirou uma onda de apoio nas redes sociais, como muitos se identificaram com sua experiência. “Estou esperançosa de que podemos chegar a um momento onde as pessoas não tenham que passar pelo problema sozinhos”, disse Carey à People. “Pode ser incrivelmente solitário. Não tem que definir você e eu me recuso a permitir que me defina ou me controle.

Carey tinha todos os motivos para pensar que ela poderia ser julgada publicamente por sua condição, dadas as atitudes culturais reinantes sobre saúde mental em 2001, quando foi forçada a viver publicamente e explicar o que seu então sua assessoria de imprensa descreveu como um “colapso emocional e físico”. Uma geração atual de pop stars mais jovens  então resolveu falar abertamente sobre suas próprias problemas de saúde mental. Selena Gomez, por exemplo, falou abertamente sobre sua depressão e ansiedade como uma condição vitalícia que não se limita a “superar”. Demi Lovato, como Carey, abriu publicamente sobre seu diagnóstico bipolar e sobre o vício; a cantora Halsey também falou publicamente sobre seu transtorno bipolar. Essas celebridades revelaram seus diagnósticos no contexto de uma conversa mais ampla sobre o estigma em torno da doença mental nos últimos anos e foram capazes de extrair uma linguagem cada vez mais trivial que enquadra a saúde mental – e o vício – como questões médicas.

Mas Carey, como Britney Spears e Whitney Houston, é um ícone de uma época anterior, que teve que lidar com uma cultura que tratava a doença mental como uma forma de desordem pessoal ou irresponsabilidade, especialmente para mulheres e particularmente para cantoras de pop. Para uma celebridade já descrita como uma diva “irracional” ou ultrajante, qualquer sinal público de comportamento que pudesse ser interpretado como não convencional poderia rapidamente se tornar – quer ela quisesse ou não – motivos para questionar sua saúde mental. Mas o anúncio de Carey parece ser um presságio de uma conversa em mudança em torno da representação da saúde mental e celebridades femininas, inextricável das formas como a mídia fala sobre gênero e conta as histórias das mulheres.

https://www.youtube.com/watch?v=AZ_nZ_QuRG8

Como Houston – que se tornou definida pelo meme “crack is wack” até sua morte – Mariah Carey passou uma grande parte de sua carreira tentando lidar com piadas e paródias sobre sua saúde mental, desde que ela foi hospitalizada no verão de 2001. A hospitalização de Carey se tornou pública porque, como ela disse em entrevistas posteriores, que sua mãe ligou para o 911 depois que ela desmaiou em sua casa. Os tabloides rapidamente relataram que ela havia quebrado pratos em seu hotel antes de desmaiar. Os detalhes exatos do que aconteceu nunca foram claros e não são da conta de ninguém. Mas ela agora revelou que a hospitalização foi quando ela foi diagnosticada pela primeira vez como bipolar. “Eu estava com tanto medo de perder tudo”, disse ela à People, explicando por que ela não foi à público na época. “Eu não queria carregar o estigma de uma doença ao longo da vida que me definiria e potencialmente acabaria com minha carreira.”

Isso foi antes do reinado de TMZ, e ela foi poupada do tipo de vigilância de paparazzi que cumprimentou Britney Spears durante seu “colapso” de 2007, mas as imagens evocadas por reportagens na época soavam como o olhar clínico masculino da psiquiatria primitiva: ABC News a descreveu que a jovem teve uma crise de “histeria”, e o New York Post a descreveu  situação como  “uma birra aterrorizante”. Alguns rapidamente começaram a especular que esse “colapso” era o resultado por causa do fracasso de sua carreira na época – como o single da trilha sonora de Glitter não estava fazendo sucesso nas paradas – e o fim de um relacionamento com o cantor Luis Miguel, uma narrativa que Carey mais tarde descartou como ridiculamente sexista.

Nos meses que antecederam sua hospitalização, Carey tentou falar sobre o que estava acontecendo em sua vida, o que envolvia um relacionamento abusivo que estava afetando sua carreira. Na época, Carey havia contratado um investigador particular, em meio a acusações de que o seu ex-marido, e presidente da Sony Music, Tommy Mottola, estava fazendo propaganda dela e tentando sabotar sua carreira, acusações que mais tarde foram confirmadas por outros. (Depois de 2005, Carey começou a descrever sua relação com Mottola como “abusiva” e uma que “se aproveitou de cada insegurança que já teve”. E Mottola se desculpou publicamente por ser “controlador”.)

Essa narrativa parecia não ter ressonância na era anterior, ou mesmo agora, em parte porque se tratava das interseções de gênero e assédio corporativo – em vez de abuso sexual. Talvez por causa da dificuldade de transmitir sua mensagem através dos canais de mídia convencionais, Carey tentou falar sobre isso diretamente para sua base de fãs na forma como as celebridades mais jovens usam as redes sociais nos dias de hoje. “Eu só quero que vocês saibam que eu estou tentando entender as coisas da vida agora e então eu realmente não sinto que eu deveria estar fazendo música agora”, disse ela em uma mensagem em seu site em julho de 2001, certo antes de sua hospitalização. “Eu não posso mais confiar em ninguém agora porque não entendo o que está acontecendo.”

https://www.youtube.com/watch?v=4bO0VzRDmXM

Mas após a notícia da sua hospitalização, tudo o que Carey fez antes, como suas mensagens no site, “sua aparição icônica e bizarra” no TRL, ou reclamando de “haters” depois que Howard Stern ridicularizou seu peso, foi tratado como insanidade- como se ela tivesse surtada e falando coisas sem sentido algum. Uma sátira grosseira na TV retratou a cena de que ela quebrava seus pratos na parade – um dos rumores que seu agente pessoal confirmou na época – e se apresentando de forma irregular em Glitter, como se estivesse fora de controle, tanto artística como fisicamente.

A maioria das vidas das estrelas pop é tão entrelaçada com suas carreiras e músicas que esperamos que elas não se apresentem apenas para nós, mas também que vivam – e expliquem – seu drama pessoal para o público. Carey era aguardada, tanto pelo público quanto por sua gravadora, para abordar a narrativa do “colapso” em talk shows . “Eu ficava pensando, eu não quero passar por isso novamente”, disse ela sobre isso anos depois. “Isso foi tão sensacionalista e foi super dramatizado, todo o momento esse momento do colapso.”

Ela ressurgiu no outono de 2001 cantando “Hero” em um tributo televisionado do 11 de setembro e depois se apresentou para as tropas, como se tivesse que recriar apropriadamente a cidadania feminina para compensar seu comportamento “ruim”. Ela também foi no programa de David Letterman, onde ele perguntou: “É um colapso nervoso, é um colapso físico, um colapso emocional, não  é um colapso de vez?” Carey tentou brincar sobre tudo isso para neutralizar parte do poder dos tabloides sensacionalistas e atribuiu suas dificuldades  à “exaustão”.

Mesmo durante nessas aparições promocionais  para o próximo álbum de Carey, em 2002, sua nova gravadora esperava que ela falasse sobre o que aconteceu. “Todo mundo queria que eu falasse: ‘Vamos ter esse momento, que você vai se sentar com a Oprah, e nós estaremos chorando assistindo isso junto com você. Mas eu superei isso”, disse ela, olhando para sua vida em 2005. Ela sentou-se com Matt Lauer para uma entrevista sobre seu “retorno” no ano seguinte, com a balada “Through the Rain”, que deveria ser um triunfo depois. canção da adversidade. Ela recuou do termo “colapso” e mencionou que ela trabalhava sem parar e por isso passou por situações difíceis, também fala sobre como foi lidar com controle e boicote de Mottola. E ela nunca enquadrou o que aconteceu como um problema de saúde mental – até compartilhar sua história com a People esta semana.

Em uma entrevista para o Atlantic em  2013, quando questionada sobre o modo como Justin Bieber foi capaz de girar e isolar-se de seu próprio comportamento perturbador, através de seu Instagram e sua linha direta para sua base de fãs, Esther Zuckerman observa que pop stars mais jovens têm maior controle sobre suas narrativas do que os da geração anterior, graças em parte às redes sociais. Mas as formas como a mídia analisa e fala sobre o comportamento de celebridade “normal” não são apenas uma questão geracional, mas também uma questão de gênero. (E a raça; nos casos de Carey e Houston, eles também tiveram que lidar com estereótipos marginalizados sobre as supostas inclinações das mulheres por serem negras, assim como o vício, a sexualidade excessiva e a raiva.)

Bieber, na verdade, envolvido em vandalismo e violência, teve um “colapso” no Twitter (nada  diferente das mensagens que  Carey  deixou em seu site) e, como Spears, atacou os paparazzi. Mas seu comportamento foi simplesmente considerado “alarmante”, descrito como “ataque” e um “mini-colapso”, o que o faz soar como dores de crescimento indecentes. E desde então temos certeza de que ele deixou tudo isso para trás depois do sucesso de seu álbum 2015, Purpose. Em contraste, a mídia e o público ainda parecem se sentir completamente justificados em especular que Spears está “morta atrás de seus olhos” e não é a mesma desde que ela está em uma conservatória pública. No ano passado, no entanto, quando Katy Perry brincou sobre o “raspar a cabeça” como Spears, ela foi atingida por uma rápida reação, sugerindo o modo como a mídia fala sobre pop stars femininas – decidindo ou não publicamente sobre sua saúde mental – está finalmente passando por uma mudança radical. Lovato e Gomez fazem parte de uma nova geração de celebridades que decidiram nomear abertamente seus diagnósticos. Como até mesmo o New York Times descreveu, a declaração de Carey em People é “um dos primeiros casos em que uma celebridade que tem o status lendário de Carey reconheceu sua luta contra a doença mental”.

https://www.youtube.com/watch?v=u2xlLimr4H4

 

A disposição histórica do ícone pop de nomear publicamente sua doença já está causando um achado generalizado e atrasado sobre as maneiras como a mídia e o público zombam e fala sobre o comportamento das celebridades mulheres. Carey não deve explicações a ninguém, mas ao compartilhar sua história, ela já está ajudando a mudar como as pessoas olham para as outras, como elas julgam as outras, especialmente as mulheres, que são marginalizadas por muitos anos.

Fonte: Buzzfeed

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