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Confira abaixo a matéria que o jornal  Sydney Sunday Herald, da Austrália, fez com Mariah Carey:

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Ter gêmeos não deixou Mariah Carey exausta. O jornalista Michael Idato teve que ficar acordado até (MUITO) tarde para entrevistar a icônica cantora.

Para o ícone do pop norte-americano Mariah Carey, cantar é como se fosse algo comum, sempre com sensualidade e muito sentimento. A música faz parecer ser uma mera ocupação. Uma obsessão? Talvez, mas nem ela sabe ao certo, pois segundo a mesma, a desconstrução é o caminho mais rápido para a ruína. Carey diz que está aberta para ouvir a interpretação dos outros sobre suas canções e seu impacto cultural.

“Eu gosto de deixar as pessoas livres para dizerem o que pensam”, declarou ela. “É justo deixar as pessoas livres para dizer o que sentem sobre uma música. Música é algo extremamente pessoal. Lembro-me de quando eu era criança e alguém cantou uma música e eu queria que aquela canção fosse sobre mim. Essa música tornou-se algo importante para mim, eu tinha uma queda por ela durante uma semana, queria que fosse a minha música.” Mas é certo que seu impacto cultural é uma prova de seu trabalho. Com um carreira de apenas duas décadas, Carey vendeu mais de 200 milhões de discos mundialmente, tornando-se uma das artistas que mais vendeu disco na história, ficando atrás somente de Elvis Presley, Madonna e os Beatles, porém vendeu mais que Whitney Houston, Queen, Rolling Stones e Abba. Independente de como você a encare, ela sempre estará com a autoestima elevada.

No palco, Carey possui uma enorme presença, sendo glorificada como uma das maiores referências no meio, como um crítico norte-americano descreveu uma vez “como um som que pode mudar a pressão atmosférica de uma sala”. Pessoalmente, ela é mais próxima da realidade, um turbilhão em partes iguais com uma pitada da rainha do soul, Aretha Franklin, o ícone do cinema latino, Lupe Vélez e a heroína dos filmes de Hitchcock, Kim Novak.

Nós a encontramos no hotel Greenwich em Nova York, no bairro da moda, Tribeca. Dentro de uma sala de estar que possuia uma decoração com misturas bem sutís, com mármore de carrara, tapetes de seda tibetana e poltrona de couro inglês, que se parecia com envelope quando nós sentamos. Nossa entrevista estava marcada para Às 20:00, então mudou para 22:45. Porém, estava tudo muito agitado no mundo de Mariah Carey, então fomos jogados para mais tarde.

Quando finalmente fomos nos sentar para conversar com ela, eram 02:45 da manhã, os mortais ao nosso redor estavam cansado de sono, porém Mariah estava elétrica como um coelho da Energiser. Ela abriu mão de suas preciosas noites para dar os retoques finais em seu décimo quarto disco de estúdio, Me. A Am Mariah… the Elusive Chanteuse. Ela também está um pouco precavida, pois os seus três últimos singles que estarão no projeto, “#Beautiful”, “The Art Of Letting Go” e “You’re Mine (Eternal)”, tiveram uma recepção mista nas paradas de sucesso.

O tema principal do disco, como o precedeu o álbum anterior, é o amor. Se você analisar a discografia dela, verá músicas como “Without You”, “We Belong Together” e “Always Be My Baby”. Pressionada sobre a questão, Carey não tem tanta certeza disto. Talvez seja o caso, se analisarmos somente seus singles, “Mas se você perguntar para alguém que conhece toda minha discografia, eles vão te dizer que o tema central dos meus discos é sobre se sentir amado ou estar amando”.

“Muitas das minhas canções soam como se fossem canções de amor feliz, mas eles são realmente canções tristes”, disse Carey. “As minhas canções que são muito pessoais e muito próximas de quem realmente sou. São músicas de quem tem muita saudade de algo ou de alguém que está precisando muito de alguma coisa.”

O novo álbum de Mariah Carey é definido por esta divisão de conceitos, como ela afirma. “Há músicas com esta temática, mas elas são agitadas, são músicas que te fazem se sentir bem, porém há algum elemento obscuro nelas também.” – afirmou.

“Eu sinto como se eu estivesse em uma luta, como se eu fosse um lutador de boxe , e estou chegando ao final dessa jornada. Estou me preparando para lançar este álbum  e quero que todo mundo o ouça ao mesmo tempo. “

A cantora e compositora de 44 anos nasceu em Long Island em uma família com um coquetel picante de etnia: Afro-Americano, Venezuelano e Irlandês. (Seu avô mudou o nome da família de Nuñez para Carey , quando ele emigrou para os EUA.)

Sua mãe, Patrícia, foi uma cantora de ópera mezzo-soprano,  que desde cedo colocou sua filha no mundo musical e acabou moldando seu futuro de uma forma que nunca poderia imaginar. “Minha mãe teve o bom senso em saber que ela que me colocou neste meio, tentando me forçar a cantar ópera, eu provavelmente poderia ter me rebelado e não feito isto.”, disse Carey.

De qualquer forma, sua voz possui uma gama extraordinária: com sua voz nativa no tom alto através de um registro soprano, o registro acima do falsete. (A maioria dos artistas canta em registro modal, que é um registro abaixo do falsete.). A estrutura da voz de Mariah Carey é única e é o seu cartão de visita. Opera, como ela afirma, continua a sendo sua maior influência. “Há certas músicas que eu amo ouvir sempre que posso, como por exemplo, Stride la Vampa [ uma ária cantada por uma cigana Azucena em Giuseppe Verdi Il Trovatore ] , não consigo tirá-la da minha cabeça. Sempre que eu a ouço, ajo como uma criança e não consigo parar de ouvir.” , diz ela.

“[ Mas ópera ] teria me exigido muita disciplina e para mim, música é o oposto da disciplina.”, diz ela . “Você tem que ser disciplinado, mas estes últimos anos também têm sido para eu mesma explorar a minha voz em diferentes estilos e perguntando para mim mesma se é confortável eu fazer isto ou se quero fazer isto somente como diversão. Então , tiro isto tudo como um grande aprendizado também.”

Carey conheceu seu segundo marido, o ator Nick Cannon, durante uma sessão de fotos que fez para o vídeo da música Bye Bye (de seu décimo primeiro disco de estúdio, E = MC ²) na ilha de Antiga, no Caribe. Eles se casaram no mesmo ano, na sua casa em Bahamas, em 2011 foram pais dos gêmeos, Moroccan Scott Cannon, mais conhecido como Roc e Monroe Cannon. O nome de sua filha, Monroe, é em homenagem a ícone do cinema, Marilyn Monroe, de quem Mariah Carey é uma grande fã.

Casamento e família feliz, ela diz “me permitiu ser, talvez um pouquinho mais, eu não sei se é bem esta a palavra, “bruta” , ou se é “pura” , ou talvez o meio termo disto. Tenho sido sempre a matriarca desta família, todos que me conhecem sabem disso. Agora é mais importante, pois sou responsável por mim e por eles o resto de suas vidas. É assim que eu olho a maternidade. “

Carey é descrita por muitos como uma cantora, compositora e atriz, embora ela tenha feito uma enorme fortuna neste três segmentos. Sua atuação no filme “Preciosa”, de 2009 é o seu grande destaque no cinema, onde recebeu diversos prêmios e muitas críticas positivas. Sua credibilidade na música por outro lado, possui uma carreira muito sólida. Os números não mentem: ela é a terceira cantora que mais vendeu disco nos Estados Unidos, ficando atrás somente de Barbra Streisand e Madonna.  Seu som é um mosaico iluminado, mesclando entre o R&B, Pop, Hip-Hop, Pop e Soul, sendo referência como um verdadeiro leque comercial, indo desde discos natalinos, álbum de trilha sonora para o filme Glitter, e um álbum mais pessoal, como o The Emancipation Of Mimi, que é considerado por muitos o seu melhor disco até hoje.

Ela admitiu que haja muitos de seus sentimentos pessoais em cada um de seus discos, nas músicas, ou na sequência que elas foram colocadas em seus compactos. Para o seu próximo álbum, Carey diz que ela ainda está finalizando essa sequência de músicas. “Eu sempre soube qual seria a primeira e a última música neste disco. “The Art of Letting Go” foi concebido para que os fãs o conhecessem, okay, este é um disco que terá coisas muito profundas, mas também coisas para se divertir.”

Como ela está ficando mais velha, como mesmo afirma, cada decisão precisa ter mais consideração, cada música precisa de mais paciência e atenção para ser finalizada. “No começo da minha carreira, não se esqueça, eu fazia um disco atrás do outro. Eu não tive nenhum momento para descansar.” O momento da grande revelação para ela foi quando ela viu pessoas de diferentes países do mundo cantando sua música. “Isso é realmente impactante, especialmente quando é um país que a língua nativa não é o inglês .”

Já são perto de quatro da manhã e parece que só agora está ficando tarde para Mariah Carey. A sua empolgação já tinha acabado e ela parecia alguém que tinha acordado muito cedo e precisava descansar, porém ainda fizemos um rápido bate-papo sobre sua visita à Austrália.  “Tenho lembranças da Austrália que eu nunca vou me esquecer”, diz ela – também falamos sobre uma de suas músicas que possui uma letra muito autobiográfica, a canção “Close My Eyes”, de seu sexto álbum de estúdio , Butterfly. “Demorei quatro anos para escrevê-la, só porque continuei escrevendo sua letra na minha mente. Ela narra a minha vida, mas deixa o final em aberto.”

“Particularmente é uma canção que repercute entre as mulheres mais jovens. Vários fãs, especialmente meninas que foram abusadas ou passaram por algum grande trauma, me disseram que esta canção as tocou por isto.”, diz Carey. “Isso que me motiva a fazer um álbum como este, seja qual for o caso que eu senti, eu precisava desabafá-lo, eu senti que precisava fazer isto. Porque às vezes isto é necessário, você sabe.”

O novo disco de Mariah Carey, batizado de Me. I Am Mariah … the Elusive Chanteuse”, estará a venda no fim deste mês.

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