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A Wonderland fez mágica com Mariah Carey, que está voltando com tudo no mês de maio lançando um novo disco, com uma alta pontuação, com a melisma no estilo da era Motown.

A grande sala de estar em Tribeca, com cortinas de painéis de cetim se mexendo com o refluxo do vento batendo nelas, com a visão da doce Greenway do lado exterior. Na parede, uma cabeça de um grande marinheiro vestido de azul e à esquerda dele, pés de pato de mergulhador do Greenwich Hotel, e à direita Mariah Carey, uma das artistas que mais vendeu disco na história, usando roupas da Dolce e da Tom Ford.

Mariah é dos anos 90 – nascida na época que Dusty (Springfield) movimentou a rádio com os direitos civis: sem ela não haveria espaço nas rádios para a nova cultura pop, o dueto Thug-Love  (a cultura das cantoras do pop cantando em parceria com caras de gangue – veja o hit dela de 1999, Heartbreaker com o Jay-Z) e também  teria tempo para o melisma das Olimpíadas feito por Christina (seu grande limite vocal na canção Hero de 1993) ou o registro de apito (o estilo de Minnie Riperton ficou famoso na voz de Mimi – desafiando a suas oitavas). Ah, e o Natal também seria mais o mesmo depois da insuperável All I Want For Christmas Is You de 1994.

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Pessoalmente, ela é muito gentil e cuidadosa para responder as perguntas com precisão. Conversamos com ela por uma hora, mas pareceu ser somente por 5 minutos. Falamos sobre as nossas canções favoritas do Stevie Wonder (a favorita dela é Golden Lady, que eu comentei que me lembra uma de suas obras primas de 1995, no excelente e doce disco Daydream) e também como ela se sentiu em ultrapassar Elvis Presley, como a artista que mais possui canções em primeiro lugar. Para quem mudou a cara do pop nos anos 90 e hip-hop na década de 2000, ela é uma pessoa muito humilde, consciente, sincera e repleta de elogios.

O cenário era tão generoso quanto eu imaginava (Parecia algo no estilo de Kate Bush, com a magia das ondas de cetim). Os boatos sobre ela ser difícil, não valem um centavo (algo como: “ela raramente atrasa menos de quatro horas para conceder a entrevista ” / ” ela gosta de cachorro,  beber magnum, lírio e um grande sofá com inclinação regulável)” . Porém, Mariah se abraça e se infiltra a mística em torno dela – e, além disso ela e eu sabemos, que além de palavras bem colocadas, e sim o grande milagre que ela é. E também o não menos importante de sua carreira, o cinema: ela estrelou uma dúzia de filmes em sua carreira, com papeis poderosos. Seu personagem como uma apaixonada assistente social do filme ‘Preciosa’ de 2009, fez com ela fosse reconhecida com o Palm Springs International Film Award, também recebeu indicações nos prêmios Screen Actors Guild e Broadcast Film Critics Association.

Nós começamos a entrevista bebendo, Mariah foi até a geladeira de vinhos e perguntou: “Você tem Prosecco, certo?” – E percebo que ela tem uma luva de renda em sua mão. Será que esta vida de mãe de gêmeos,  Moroccan e Monroe, está sendo trabalhosa assim? Não, em julho os médicos disseram que ela provavelmente poderia perder o movimento e mobilidade de seu braço esquerdo após cair de um lance de escadas durante as gravações do vídeo para a canção “#Beautiful” – a primeira música a ser lançada de seu novo disco, ainda sem título, que será lançado em maio (é o seu 13° disco de estúdio, lançado após o seu segundo disco natalino de 2010, Merry Christmas II You).

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Relembrando o passado, (“Eles não conseguiam achar uma solução. Eu olhava a cara dos médicos e via que eles estavam muito nervosos”, explica ela) e deixava a cantora agonizada, ficava desesperada em pensar no futuro de sua carreira, porém estava determinada em continuar. Apesar de tudo, Mariah permaneceu otimista (“Eu nunca, nunca terei pensamentos negativos. Nunca irei pensar assim.”).  Então, ela fez isto e continuou a filmar o clipe antes de chamar a emergência.

A música é uma grande batida de soul, um futuro hit nas rádios nascido da era Motown, com versos de um dos vocalistas de maior sucesso da era contemporânea, Miguel. O mesmo vale para a mágica balada “The Art Of Letting Go”, que é melodicamente acolhedora, que faz nos sentirmos como se estivéssemos em uma das salas de veludo com temática marroquina no apartamento de Nova York de Mimi. Uma frase em particular me atingiu como uma flecha farpada, “eu não vivo mais em seu domínio!”, Ela grita.

Acariciando o refrigerador como uma cartomante faria com sua bola de cristal, Mariah começa a falar sobre os dilemas de sua vida. Desde que foi atrapalhada por todos, desde o seu ex-patrão e marido, o ex-dono da Sony Music, Tommy Mottola, com quem se casou aos 18 anos (ele tinha 37), até a sua longa batalha de vida como o medo do palco, a cantora afirma que o disco é uma liberação de todos os seus medos pessoais e profissionais. ” The Art Of Letting Go “[uma vez que foi o título original do disco] é importante porque me ajudou a deixar de ter medo; medo que nunca mais terei, pois consegui atingir o meu verdadeiro potencial. É verdade que me tornar mãe me ajudou a ser uma pessoa mais forte, mas este disco é uma superação para mim, pois nunca mais serei sacaneada por ninguém. Este disco só estará pronto quando eu estiver pronta, não antes disso”.

Mesmo antes de Mottola, Mariah teve uma vida dura como uma criança mestiça no subúrbio de Long Island. Ela tinha apenas três anos, quando o seu pai deixou sua mãe sozinha, uma cantora de ópera, com três filhos. Sua família era uma parte Venezuelana, Africana e Irlandesa, que deixou Mariah vivendo sua pré-adolescência inteira (13 anos no total, conta ela) vivendo deslocada na área do racismo. Nas áreas racialmente segregadas, a cantora sentiu-se deslocada a todo o momento.

“Esqueça o racismo, eu passei por perigo a todo o momento. Nossos cães foram envenenados, nossos carros foram explodidos, eu não me sentia confortável em nenhum lugar”, diz ela, explicando que as aulas de canto, que começou aos cinco anos de idade, a ajudaram a escapar dos problemas. “Meus filhos nunca irão saber o que é isto. Isto é um assunto mais indicados para adultos, que eu nunca abri este capitulo da minha vida para o mundo. Talvez um dia em um livro”.

A escuridão fez com que ela se tornasse adulta ainda muito jovem, o que a fez ficar de castigo, diz ela. É também a razão pela qual que ela sente que seu tapete pode ser puxado a qualquer momento.  “Crescer com nada, talvez te deixe se sentindo mais seguro.” Depois de sua separação com Tommy Mottola, Mariah prometeu que nunca mais iria se casar. “Eu achei que nunca iria me casar novamente, na verdade eu não queria nem ter me casado antes.”, ela admite. As coisas mudaram em 2008, quando ela conheceu – e, posteriormente, se casou – com o ator, rapper, e proprietário da TeenNick, Nick Cannon , na Costa de Antígua.

Ela também admite que seus dois primeiros discos, Mariah , de 1990 e Emotions, do ano seguinte, foram os seus momentos de Motown mais crus até hoje, mais ousados e emocionalmente impactantes em suas respectivas formas de demonstração. Ela disse que este seu mais recente disco, é a transformação destes dois trabalhos anteriores. : “Eu fui para o exterior para gravá-lo, fugi de Nova York – como um filme de Kurt Russell, você sabe , é algo mais fabuloso”, ela dá uma piscadinha. “Com esses primeiros álbuns, eu gravei em notas altas, em ‘Vision of Love’ usei um microfone de tambor – um PZM, que lhe deram esta verdadeira roupagem crua para música. Eu queria voltar a fazer isso.”

Mariah passou a maior parte do ano passado ocupada em um processo criativo em um estúdio de gravação no seu apartamento em Nova York.  “Eu não ligava se o estúdio era da metade desta sala que estamos conversando agora”, ela afirma. “Então eu só tinha os bebês perto de mim. É estranho ainda chamá-los de bebês, porque eles estão crescendo rápido, sabe. They’ll Always bem y baaabies’. A conversa se transforma toda hora em um karaokê para Mariah Carey, que muitas vezes são citadas canções maravilhosas, na maioria das vezes, tiradas de seu próprio catalogo de hits, que sempre se encaixam nos momentos certos.

Isso quer dizer que os DemBabies (você pode acompanhar todos os passos deles no dembabies.com – um domínio registrado mostrando os gêmeos em diversos momentos de suas vidas, seja usando orelhas de coelhos, viagens a Disney ou até mesmo participando em eventos de caridade) também participaram do novo projeto?  “Sim, de verdade! Rock – e eu chamo a Monroe de Roe, pois soam como ” Roc ‘n’ Roe ” – ficaram realmente envolvidos. Há uma canção no álbum chamada ‘Supernatural’ que eu não falei com a imprensa antes sobre – ela apresenta Roc e Roe. Especialmente Monroe, que diz que é a sua canção. Ela que começa cantando a música. Na verdade, eu não podia acreditar no que eu ouvi quando ela pegou meu telefone e cantou pela primeira vez. Era trechos longos como “goo goooo Goo “. Para uma criança de apenas dois anos e meio, ela possui um vibrato incrível’’.E um “registo apito” também, certo? “Isso também [ Mariah então começa a cantar algumas das notas agudos que Roe faz na canção. Ela o faz por alguns minutos ].Eu atinjo as notas agudas com muita facilidade, você sabe.”

No hino sussurrado, “You’re Mine (Eternal),”, possui um remix com o Trey Songz, mas não espere canções com rappers com a moda que ela mesma lançou em canções como “Heartbreaker” ou “Always Be My Baby,”.  (Embora, se você estiver lendo a reportagem Mariah, sugiro que você mude seu nome para Lil Mim C, MC Care Ryde, Yung Mimi). “Quer dizer, A$AP Rocky está no disco e Wale também participou muito da produção”, explica ela. “A moda dos rappers falarem cantando está de volta. Eu cresci ouvindo Grandmaster Flash e Sugarhill Gang e fui até a minha gravadora em meados dos anos 90 e sugeri a ideia de incorporar o hip-hop na minha música. Eles acharam que eu estava criando um novo gênero musical e eu fiquei tipo: ‘Por favor, isto já existe há 20 anos, vocês poderiam ao menos me ouvir?’”

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Entre as colaborações de sua carreira, Mariah se decida há anos à filantropia – Mimi contribuiu para fundações como Make-A-Wish Foundation, The Fresh Air Fund, e muitas outras. Ano passado ela foi jurada do American Idol: ” O Idol foi uma boa experiência , mas também foi um inferno “, ela sacode os ombros. “Foi divertido, porque eu realmente estava envolvida com os participantes – foi o que me motivou de verdade. Mas era um grupo político, Eu posso viver com tudo o que aconteceu, e de quebra ainda usava umas roupas bonitas…”.

Mas não justo dizer que ela vive em seu universo paralelo de Nárnia – onde os DemBabies, são responsáveis por trazerem entretenimento para ela e que seu cabelo é no estilo de comercial de shampoo, onde ela sempre tem a palavra final – Mariah na verdade quer apenas se manter próxima à realidade, seguindo a risca sua agenda de compromissos. “Make it magical, make it magical, make it magical,” ela cantou para sua assessora de imprensa às 23 horas, e ela tinha tinha 15 entrevistas para fazer naquele mesma noite.  “Vamos lá, quero ver vocês todos cantarem comigo.”

  • Confira abaixo as fotos em qualidade maior:

 

 

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