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O conceito para o décimo quarto disco de Mariah Carey, ‘Me. I Am Mariah… The Elusive Chanteuse’, ao que parece, demorou anos para ser feita. O título veio de um desenho que ela fez quando criança. “Na contracapa deste álbum é um tesouro pessoal”, revelou a cantora para seus fãs no inicio do mês no Youtube. “Na contracapa desse álbum, existe um tesouro pessoal. Meu primeiro e único auto-retrato, que desenhei quando tinha três anos e meio e intitulei de ‘Eu. Eu sou Mariah. Por favor, não me julguem pela simplicidade do título, eu tinha apenas três anos e meio. Foi uma forma criativa de como eu me via com a pureza de um coração de criança, antes de ser quebrado.

Mantive essa história em particular por tanto tempo, mas como esse álbum é um reflexo de valores que me fizeram ser quem sou hoje, decidi dividir com vocês, que são quem realmente importam, e sempre estiveram ao meu lado para o que der e vier, e passaram por muita coisa, mas eu sempre soube quem eu era: eu sou Mariah.

A maioria dos álbuns de Carey – como ela mesma diz, são semiautobiográficos. Então, o que ela tem oferecer agora? “Absolutamente,” ela acena com a cabeça. “Como o corpo de trabalho deste disco opera em diferentes níveis, eu tive que ajustá-lo para que os meus fãs realmente entendessem o que se passou na minha vida nos últimos três anos. Este disco realmente tem muito das minhas emoções envolvidas nele, muito mais do que eu queria revelar sobre a minha vida. Eu quero que este álbum seja ouvido e sentido como uma experiência de vida. Eu não quero que seja algo do tipo: ‘Esta aqui é só mais uma modinha no iTunes’. Este é um verdadeiro trabalho de amor.”

O novo álbum é uma viagem ao mundo privado da cantora. A faixa sensual #Beautiful – um dueto com Miguel – exaltando as grandes habilidades de produção de Mariah, enquanto The Art Of Letting Go prova, mais uma vez que a cantora nasceu com o talento para compor. Carey também é conhecida por seu enorme talento para produzir e compor canções, este álbum é uma vitrine para ambos, “Eu sempre estou totalmente envolvida em qualquer projeto que faço – desde o seu inicio até a conclusão”, diz ela. “Eu também gosto de colaborar. Se eu ouvir um grande pianista ou algo do gênero, e acho que eles irão me inspirar, entrarei em contato com ele e ver se podemos trabalhar juntos.”

Durante sua carreira, Carey trabalhou com grandes nomes da música, incluindo Aretha Franklin, Jay Z e Whitney Houston. Mas desta vez, ela teve a inspiração muito mais perto de casa. Uma faixa do álbum apresenta seus filhos de três anos de idade, os gêmeos, Moroccan e Monroe. Eles são muito jovens para gravar um dueto inteiro ainda, mas estão felizes em poder cantar uma ou duas linhas da música Supernatural. “Sim, eles estão no álbum,” Carey sorri. “Eles gostam de cantar e dançar, mas se eles irão querer ter uma carreira musical, bem, nós vamos ter que esperar para ver.”

A própria infância de Carey não fácil. Nascida e criada em Long Island, Nova York, filha de uma cantora de ópera americana, descendente de irlandeses com um engenheiro aeronáutico, afro-americano, ela cresceu sonhando com uma carreira musical.  “Nós não tínhamos muito dinheiro depois que meus pais se divorciaram, nós vivíamos nos mudando por conta do trabalho de minha mãe. Eu acabei me sentindo como uma estranha a maior parte do tempo”, diz Carey “Mas a música salvou a minha vida, ela realmente fez isto, porque eu sabia que ali eu tinha algum tipo de talento, e ela em fez sentir como se eu fosse digna e me levou para o sucesso”.

Carey começou a trabalhar em tempo parcial como cantora em estúdios de gravação na sua adolescência, e rapidamente foi escrevendo e produzindo suas próprias canções. Quando os eu álbum de estreia de 1990, que levava o seu nome como título, foi lançado, ele se tornou multiplatinado e gerou 4 músicas em primeiro lugar no Hot 100 da Billboard norte-americana, tornando-se assim uma grande estrela. O álbum também definiu o estilo único da cantora, que era creditada como uma introdução do R&B e Hip-Hop na cultura do Pop comercial. Assim como seu estilo musical, seu estilo e capacidade vocal também impactaram significamente a história da música contemporânea. De acordo com a Rolling Stone, “Suas poderosas cinco-oitavas e o seu pleno domínio da melisma, decoraram canções as notas de canções como ‘Vision of Love’, uma música que inspirou outras cantoras de R&B desde anos 90.”

Mais tarde em sua carreira, Carey também ficou conhecida por popularizar a participações da rappers em suas canções. “Eu sou feliz, porque sempre tive o apelo em todos os gêneros” – diz ela nos dias de hoje. “Vision of Love, meu primeiro single, foi No.1 em ambos os formatos, tanto nas paradas pop como nas paradas de R&B, então senti que o meu coração estava nos dois mundos. Mas eu cresci ouvindo hip hop, o que era inevitável se você morasse em Nova York, porque é provavelmente é a música mais verdadeira que se tem nas ruas tocando. Então, era inevitável eu combinar todos estes diferentes gêneros que eu amo no meu trabalho.”

Carey já tinha pincelado o seu estilo musical até 1995, com o lançamento de seu álbum Daydream e seu single Fantasy que continha o sample de Genius Of Love do Tom Tom Club e também a colaboração do rapper O.D.B . Com este lançamento, Mariah Carey se tornou a segunda artista a ter o single debutado em primeiro lugar no Hot 100 da  Billboard (o primeiro foi o Michael Jackson, alguns meses antes), e a primeira mulher a fazer isto na história.

“Esta música? Isto não é para os tímidos!” Carey rir. “Quero dizer, você realmente precisava estar mergulhada no hip-hop para fazer e ouvir algo deste gênero. Então, foi algo à frente de seu tempo. Genius Of Love era uma das minhas músicas favoritas quando eu era criança, então pensei: ‘Por que não usá-la? ’. Em seguida, trabalhar com O.D.B foi um sonho, porque sempre foi o estilo de música que amei e que queria fazer.”

Embora Carey tenha produzido um segundo single em No.1, a colaboração recordista de semanas em primeiro lugar, One Sweet Day, em colaboração com os Boyz II Men, ela se recorda que na época nem todos estavam felizes com sua nova direção musical – especialmente os executivos musicais ao seu redor.

“Eles realmente não entendiam a minha necessidade de fazer o que eu queria, então eu meio que joguei estas faixas no álbum. Ninguém me imaginava ver fazendo este tipo de colaboração musical, porque eu tinha uma imagem de uma garotinha inocente. Então, estas músicas meio que provaram para os executivos que eu era capaz. Foi tipo, eu sou uma cantora demográfica. Sou uma pessoa que cresci ouvindo este gênero de música, então quero trabalhar com estes artistas que sou apaixonada.”

“Até hoje, as pessoas que gosto de trabalhar são aquelas que amam música de verdade. Também amo pessoas que gastam tempo em estúdio fazendo o seu próprio material”, Carey adiciona. “Gosto muito de colaborar com as pessoas que realmente gostam de fazer música e, talvez, também que tenham as mesmas referências que eu.”

O conceito de Mariah Carey – a cantora suprema, de ser tornar a rainha do Hip-Hop e R&B, criou uma tendência eterna a cultura pop. Nos dias de hoje, é comum ver estrelas como Missy Elliott e Beyoncé colaborando. Aristas mais jovens como Britney Spears, Jessica Simpson e Christina Aguilera também produziram músicas no estilo R&B de Mariah Carey.

Além de sua forte influencia na cultura pop, Carey também é conhecida por escrever clássicos natalinos como: All I Want for Christmas Is You. Já se passaram 20 anos que ela foi lançada e ainda assim é a canção mais popular em todo Natal, entrando com frequência todos os anos nas paradas mundiais no mês de dezembro. Somente no Reino Unido, a música vendeu mais de 1 milhão de cópias, tornando-se um dos maiores singles da história na parada britânica. Nos Estados Unidos, o sucesso é o mesmo, sempre retornando ao Billboard Hot 100, e sendo o ringtone favorito de todos os norte-americanos.

Nada mal para uma menina de Long Island que cresceu ouvindo o rádio de debaixo da cama à noite, e que ia para escola sonhando em ter sucesso na carreira musical. Mas sua realidade é outra agora. Certamente, o seu sucesso superou todos os sonhos que tinha quando menina. Carey é a cantora que mais vendeu disco em toda a história, sendo mais de 220 milhões cópias de discos comercializados. Ela teve 18 músicas em primeiro lugar, sendo 17 escritas por ela, mais do que qualquer outro cantor solo, superando até Elvis Presley.

Como cantora/compositora/produtora, Carey foi reconhecida com cinco prêmios Grammy, nove American Music Awards, o prêmio Billboard de Artista da Década dos anos 90, World Music Awards por ser a cantora que mais vendeu disco na história, e o BMI Icon Award, por suas realizações notáveis como compositora, só para citarmos alguns.

Apesar das realizações artísticas de Carey serem bem documentadas, sua visão de negócios talvez não seja amplamente reconhecida. No entanto, ela é uma mulher de negócios e muito inteligente. Recentemente ela lançou sua própria linha de perfumes e champanhe. Carey também reinventou o seu rosto no mercado de negócios, assinando acordos milionários com empresas de alimentos, bebidas e com a rede de varejos do canal Home Shopping Network.

Mas a cantora vê divisão entre sua vida criativa, seu apelo no glamour e sua experiência no comércio. “Eu não sou a primeira mulher a me envolver com o lado comercial das coisas”, diz ela. “Olhe para Marilyn Monroe. Ela interpretou a loira burra muito bem, mas não era o que ela realmente era. Na verdade, ela foi uma das primeiras mulheres em Hollywood em ter a sua própria empresa de produção.”

Então, para Mariah Carey, é muito importante estar envolvida no lado financeiro das coisas? “Para mim, é fundamental. Estou na música e nós temos que vender a música, assim como criá-la. Então isto meu deu uma perspectiva diferente sobre as coisas ao longo dos anos. E não se esqueça, eu simplesmente não posso parar o trabalho de ser Mariah Carey. Todo mundo por ir para casa à noite, ou ter outro emprego, mas eu vivo e respiro isto, então posso de repente deixar de ser quem eu realmente sou. Então, o lado do negocio de fazer músicas é, especialmente, muito importante para mim. Quando você coloca tudo de si em um álbum, você terá esta visão. Quando eu assinei o meu primeiro contrato de gravação, eu ainda era adolescente, mas mesmo assim, exigi que tivesse uma cláusula que não fosse obrigada a cantar música composta por outras pessoas. Eu sempre quis escrever meu próprio material e expressar os meus próprios sentimentos. Eu tive muita sorte, pois assisti diversos documentários na TV de pessoas no mundo da música. Eles me deram uma visão real sobre estas armadilhas.”

Carey também foi uma das primeiras pessoas a usar o Twitter e o Facebook para fins publicitários, foi à primeira de sua geração a se manter conectada com os seus milhões fãs espalhados no mundo nas redes sociais. “Pessoalmente, eu amo o fato de ser algo tão imediato e que permite alcançar milhões de pessoas tão rapidamente.”, diz a cantora.

De outra perspectiva, no entanto Carey pode reconhecer os potenciais das áreas mais escura do mundo da internet. “É uma faca de dois gumes, em alguns aspectos.”, ela admite. “É algo que frustrou a indústria da música para sempre, o que é uma vergonha. É como se alguém tivesse se sentado e dito ‘Vamos descobrir o que esta internet tem a oferecer’, poderia ser algo legal, poderíamos ter encontrado uma nova maneira de distribuir a nossa própria musica online, do nosso jeito, e não disponibilizar a música de outra pessoa.”

“O Prince já havia mostrado o caminho”, ela sugere. “Ele estava tão à frente da modinha, que colocou seus álbuns disponíveis na internet.”

Carey, no passado, já pensou em ter sua própria gravadora, mas a pergunta parece muito redundante agora. “Eu odeio dizer isto, mas na minha humilde opinião, a verdade é que muitos artistas logo não precisarão gravadoras no futuro, na verdade estamos quase neste ponto agora. Então, espero que apareça algum super-herói por aí e salve o dia e faça com que a indústria musical retorne ser o que costumava ser”, diz ela.

Assim como sua música, para Mariah Carey, suas causas filantrópicas possuem a mesma importância. Ela é co-fundadora do Camp Mariah (uma parte da fundação da Fresh Air Fund), que permite que aos adolescentes do centro da cidade possam explorar seus talentos e ter oportunidades futuras em diferentes carreiras de trabalho, enquanto desfruta  de aventuras no campo fora da cidade.

Ela também é grande apoiadora da Make-A-Wish Foundation, uma instituição de caridade que realiza sonhos de crianças que possuem doenças graves. Na verdade, o seu trabalho – principalmente em instituições de caridade relacionadas à juventude, fez com que ela fosse reconhecida com o prêmio de Congressional Horizon Award. “Eu sou abençoada por fazer o que amo, isto foi muito importante para mim e também importante para me retornar a realidade.”, diz ela.

Carey está no jogo há quase 25 anos na indústria musical, que faz muitos de prisioneiros. Então, olhando para trás, o que se pode atribuir para sua própria pessoa? “Eu acho que uma carreira duradoura assim é difícil de ter neste meio, que a cada dia aparece com uma nova tendência.” – diz ela. “Mas a tendência, é claro, que tem uma duração. Normalmente, os artistas transcendem as tendências, tem que ter uma certa voz, assim como um bom catálogo de musicas, que as pessoas tem aprendido a cantar ao longo dos anos. Eu acho que todos querem se tornar uma “fábrica” e fazer uma trilha-sonora que sobreviva por gerações. Então, esta  é uma maneira de se ter sucesso na música e mantê-lo . É realmente muito difícil.”

Com o lançamento do Me. I Am Mariah … The Elusive Chanteuse, parece que a  ‘trilha sonora’  dela não será encerrado tão cedo. “Este álbum é realmente a minha cara”, diz Carey. “É algo que vem do meu coração.”

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