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A estrada para perfeição é longa demais e ninguém sabe isso melhor do que Mariah Carey. A super perfeccionista começou o processo de seu mais recente álbum em 2012, com a música “Triumphant (Get’Em)”, com a participação dos rappers Rick Ross e Meek Mill. A faixa foi seu primeiro single novo desde que ela se tornou mãe e era originalmente o carro-chefe do novo CD. Durante os próximos 18 meses, o álbum passou por uma série de retoques, desde a mudança do nome de “The Art Of Letting Go” para “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse”, até a data de lançamento, que foi alterada diversas vezes.

Bem, o álbum está finalmente pronto e, apesar das premonições prematuras de alguns críticos de que seria um desastre, “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse” é um tipo de triunfo para a cantora que mais vendeu discos na história. Não há dúvidas de que o processo de divulgação do álbum começou meio confuso, com datas de lançamento falsas e má escolha dos singles, com exceção de “#Beautiful”, com participação de Miguel, mas Mariah nos deu um álbum coeso, que vai do retrô ao contemporâneo e se encaixa perfeitamente no que está rolando hoje nos charts.

Mostrando que ela entende da coisa, Mariah abre o álbum com “Cry.”, que te surpreende logo de cara. A faixa é uma balada que vem acompanhada do piano e deixa o R&B um pouco de lado, focando mais na voz de Mariah. É um truque de mestre, porque a canção remete aos trabalhos mais clássicos dela e é o tipo de balada grandiosa que os fãs vem esperando por anos. A canção também dá o tom de que muitas supresas estão vindo por aí.

A maioria das canções do álbum são muito mais fortes do que as escolhidas para singles anteriormente. Mesmo que “You’re Mine (Eternal)” seja realmente muito boa, fomos surpreendidos que “You Don’t Know What To Do”, que é uma faixa arrebatadora, não tenha sido escolhida como primeiro single. A canção, que é claramente retrô, abre o caminho para as pistas de dança e poderia facilmente dar à Mariah mais um número 1 para adicionar à sua impressionante lista.

A palavra do dia para “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse” é variedade e Mariah explora os seus pontos fortes ao longo do disco. De faixas dançantes, como “Thirsty” à canção Gospel “Heavenly (No Ways Tired/Can’t Give Up Now)”, há algo para todos os tipos de fãs de Mariah. “Dedicated” tem sample do Wu Tang Clan e conta com a participação de Nas, “Make It Look Good”, que tem acordes de gaita, deveria ser escolhida com um futuro single e “Meteorite” é um deslumbrante momento dos anos 70 e fica ótima quando se aumenta o volume. Mariah também coloca sua personalidade no clássico de George Michael, “One More Try”, que ficou surpreendentemente comovente.

Os momentos de destaque do álbum vem na balada dançante “Faded” e na simplicidade de “Camouflage”, que tem um dos melhores vocais do álbum. Não tem pra ninguém quando se trata de uma balada de Mariah acompanhada do piano e ninguém faz isso melhor que ela.

A Deluxe Edition do álbum vem com “The Art of Letting Go”, que foi lançada como single no ano passado e dois remixes de faixas do álbum “Memoirs of an Imperfect Angel”, com Mary J. Blige e R. Kelly.

Uma coisa que deve ser salientada em “Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse” é o quão Mariah soa incrível na gravação desse álbum. Suas habilidades vocais tem sido infinitamente analisadas nos últimos anos, mas é óbvio que ela não perdeu o principal, que a fez dela uma estrela. Ela até pode ser seletiva na hora de utilizar seu alcance vocal nos dias de hoje, mas quando ela o usa, soa tão forte como sempre.

“Me. I Am Mariah…The Elusive Chanteuse” é um álbum surpreendente que as pessoas simplesmente não estão esperando. As primeiras previsões de um desastre estão longe de se tornarem realidade, uma vez que Mariah lançou seu álbum mais consistente desde “The Emancipation Of MiMi”, de 2005. Nos deixou impressionados e prontos para declarar que MiMi voltou com tudo.

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