Depois de muitas idas e vindas o aguardado novo trabalho de Mariah Carey finalmente viu a luz do dia. E de cara é preciso dizer que o álbum além de não decepcionar – algo muitas vezes esperado em projetos de gestação complicada – chega mesma a surpreender.
Portanto já fica a dica para que os admiradores casuais da cantora, e também aqueles que simplesmente não gostam dela, deem uma chance ao álbum. O aviso é dado porque muita gente pode ter decidido não ouvi-lo por causa do seu título (algo como “Eu. Sou Mariah… A cantora que se esquiva”).
Na verdade, tanto se falou do nome do álbum – que alguns sites e jornais consideraram um dos piores de todos os tempos – que o que realmente importa, a sua música, parece ter ficado para segundo plano. E isso é no mínimo injusto para com a cantora que fez aqui um disco que, em boa parte de suas faixas, é marcado por sua simplicidade e pelo controle de excessos.
Sim, é claro que o álbum tem aqueles momentos “diva” com vocais exagerados. Há também algumas outras músicas com produção moderna que, mesmo competentes, não acrescentam muito ao pacote.
Apesar disso, ao final da audição, o que ficará na cabeça do ouvinte, são as boas baladas, o clima saudavelmente retrô e para cima de faixas como “#Beautiful (Feat. Miguel)“, as músicas influenciadas pelo melhor da soul music dos anos 60 e 70 ea excelente cover de “One More Try” que deve ter deixado seu autor, George Michael bastante orgulhoso. Resumindo, é um álbum que tem todas as condições de recolocar Mariah no topo.