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“Me. I Am Mariah” resgata antigas sonoridades da música negra num disco nostálgico

 

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Cantora luta no competitivo mercado pop com disco que passa longe dos modismos

Uma das últimas remanescentes da leva de cantoras que ajudaram a fomentar o conceito de diva na música pop, grandes vocalistas com comportamentos tão excêntricos quanto seus talentos e egos, Mariah Carey continua uma incógnita. Na superfície, sua atitude beira a caricatura de si mesma e pode sugerir uma intérprete plana, mais preocupada com acrobacias vocais do que com a própria música. Artisticamente, ela instiga tantas camadas interpretativas que é difícil traduzir sua essência sem soar simplista. E Mariah sabe disso. É justamente esse caráter furtivo, elusivo de sua obra que ela evidencia e explora em seu novo álbum, “Me. I am Mariah… The Elusive Chanteuse”.

Intitular o álbum com o nome de sua intérprete como uma forma de reafirmar o caráter autoral do trabalho é um recurso banalizado no mundo pop. Só para citar álbuns lançados nos últimos meses, Beyoncé, Britney Spears e Shakira foram algumas das que utilizaram a estratégia, mas os resultados apontam para o lado oposto, com músicas genéricas e pouco representativas da essência dessas artistas. Por isso, é normal encarar com certo ceticismo o novo trabalho de Mariah. No entanto, trata-se de uma boa surpresa: poucas vezes Mariah soou tão relaxada.

Segundo a diva, a inspiração para o título do seu 14º disco foi um autorretrato feito aos três anos, nomeado “Eu. Eu sou Mariah”. No vídeo de lançamento do álbum, a cantora afirma que, apesar de simplista, era daquela forma que ela se via com “a pureza do coração de uma criança antes de ele ser quebrado”. Ela afirmou ter mantido o desenho em segredo por muito tempo, mas, que como o álbum representa fragmentos de emoções e situações que a moldaram, decidiu compartilhá-lo com “aqueles que realmente se importam”, ou seja, seus fãs.

De fato, o disco soa como uma celebração da trajetória artística robusta da cantora, que já dura 24 anos. Ao lado de Whitney Houston, ela foi a responsável por popularizar um estilo pitoresco de cantar, com agudos e melismas, tão particulares da música gospel americana, ganhando lugar de destaque na interpretação pop e se tornando a principal referência das intérpretes surgidas nos últimos quinze anos. Ao contrário da maioria de suas discípulas, no entanto, Mariah entende que esse artifício deve ser usado a favor da canção e não apenas como atestado de potência vocal.

“Eu vou apenas sentar aqui e cantar aquela velha e boa canção para você”, afirma a diva em “Dedicated”. O clima nostálgico permeia todo o disco, como nas faixas “Make It Look Good” e na ótima “#Beautiful”, dueto com o cantor Miguel, com reminiscências dos tempos da Motown, ou nas de inspiração disco, como as excelentes, “You Don’t Know What To Do” e “Meteorite”. O trabalho, aliás, brilha justamente por evidenciar as várias facetas da obra de Mariah, entre elas a mais marcante, as baladas, como em “Eternal (You’re Mine)” e “Supernatural”, com a participação dos seus filhos Rocco e Monroe, um dos momentos mais tocantes do álbum.

Lançar o disco foi quase um teste de resistência para Mariah. Os primeiros singles não emplacaram, fazendo a gravadora adiar o disco por mais de um ano. A pressão de competir com novatas como Rihanna e Katy Perry nunca foi tão alta e parecia sugerir que ela apostaria na rota mais fácil, a de se agarrar à sonoridade da moda. Felizmente, ela optou pelo caminho mais curvilíneo. Foi uma aposta arriscada e, apesar de aclamado pela crítica, o disco tem sido apontado como um fracasso comercial, em especial para uma artista do seu calibre. Ainda bem que, nesse caso, as vendas não refletem a qualidade da obra.

Aos 44 anos, Mariah parece finalmente despreocupada em seguir tendências (coisa que ela tentou nos seus dois últimos lançamentos), entregando um trabalho sonoramente diverso e, ainda assim, coeso. Isso não quer dizer que seja um disco livre das “pirações” da cantora – a capa altamente “photoshopada”, por exemplo, como um indicativo à aceitação de uma imagem que não existe. Mas, mais uma vez, talvez esteja aí o grande trunfo do álbum, que abraça as idiossincrasias de sua criadora. E não se preocupa em solucionar o mistério da esfinge Mariah.

ADIAMENTO – Previsto para ser lançado em agosto de 2013, o disco foi adiado devido ao fraco desempenho do single “#Beautiful” e de um acidente sofrido por Mariah, que deslocou o ombro.

RECORDE – Carey ultrapassou Elvis Presley e é a artista com mais canções a chegarem ao primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA. Na vendagem de álbuns, Mariah é a segunda mulher mais bem sucedida, com 200 milhões de cópias, ficando atrás apenas de Madonna.

SERVIÇO:
“Me. I am Mariah… The Elusive Chanteuse”, de Mariah Carey 
Gravadora: Universal Music
Preço médio: R$ 27,90

SCANS:

Agradecimentos: Gostaria de agradecer ao lamb Aniervson Santos pela reportagem! 😀

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