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MC

O Portal gay Same Same, da Austrália, fez um review sobre a apresentação de Mariah Carey na “The Elusive Chanteuse Show” em Melbourne, no último dia 07 de novembro. Confira abaixo:

Por Michael Nguyen

Embarcar em uma turnê mundial deveria tê-la colocado no topo novamente, ainda mais depois de lançar o álbum mais aclamado de sua carreira pela crítica, mas os clipes com a voz de Mariah não funcionando de modo tradicional nos primeiros shows na Ásia tornou-se viral, o que criou um grande problema para os promotores do evento.

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Um uso da cortina para tampar uma área que não tinham sido vendida na Rod Laver Arena foi um impacto real destes maus passos que Mariah deu em seu show de abertura no Japão. Com isto em mente, eu estava esperando que a “cantora indescritível” fizesse um show curto, com o uso excessivo de playback, se desapegando de suas obrigações em fazer um show de mais de uma hora, e querendo sair o mais rápido possível do palco para ficar com os seus “Dembabies”, para evitar que algo atingisse novamente o seu ego enorme de Diva.

Em suma, o show teve 23 músicas, duas horas de duração, e provou que eu estava errado. Ao julgar pela a reação do público, que culturalmente diversificado, mas a maioria eram mulheres e homossexuais, que pareciam estar em transe com os poderes “da voz”. Carey não estava poupando esforços e estava exibindo todos estes poderes extraordinários de sua voz.

O concerto começou com apenas meia hora de atraso e contou com os bailarinos de Carey fazendo um número ao som de “Across 110th Street” de Bobby Womack. Fiquei surpreso, pois eles pareciam estar reencenando cenas do filme que leva o mesmo nome da música, com prostitutas, bêbados, traficantes de drogas e outros personagens criminosos.

“Across 110th Street” é um filme policial ítalo-afro-americano, que fala sobre pessoas de poder e o relacionamento de pessoas de diferentes raças. Se você já foi para Nova York, a 110th Street é bem distante do World Trade Center. A canção de Womack é considerada um hino para aqueles que conseguiram sair do gueto de vez.

Pow! Antes mesmo de pisar no palco, Carey tinha preparado o terreno para qualquer erro não acontecer, sobre sua carreira e inevitavelmente, a sua voz. Em seguida, a Diva apareceu cantando o remix de “Fantasy” com o Ol’ Dirty Bastard. A inovadora canção é considerada pleo críticos como a responsável pela migração do Hip-Hop para as paradas de música Pop e também popularizando a colaboração de rappers com cantoras Pop. Carey manteve a sua postura relaxada durante todo o show, fazendo piadas com ela mesma para divertir o público no intervalo entre as músicas. Ela ainda fez uma piadas auto-depreciativas sobre sua reputação de “Diva”, além de transformar algumas pequenas frases e indiretas em mini-canções. Antes de cantar “Lullaby of Birdland”, uma música que ela nunca gravou em estúdio, Carey brincou que o público deveria imaginar que ela é uma cantora de 12 anos de idade agindo como uma postura de Diva e cantando uma cantiga de Jazz ao lado de um piano. “Lullaby of Birdland” mostrou a boa sensilibidade de Jazz que Carey tem, e isto nos questionou o porque ela ainda não gravou um disco de Jazz até hoje. A apresentação teve a vibe de “When I Feel It”, uma música que Carey gravou em estúdio (e vazou na internet) e nunca lançou.

Porém a apresentação que se destacou na noite foi uma versão Soul e mais assustudora de “My All”. Carey parece ter usado tanto a sua voz de peito como a sussurante durante a apresentação. Parecia que ela tinha juntado as três versões que ela fez para a canção ao decorrer dos últimos anos em uma só. Algo que é pouco conhecido, além da versão original da canção, Mariah tinha reescrito duas outras versões completamente diferente. Ela fez um remix de música eletrônica com David Morales e uma versão R&B com seu parceiro musical, Jermanie Dupri (também responsável por “We Belong Together” e “Always Be My Baby”), usando sample de “Stay Awhile, Child”. Ambos remixes foram populares nas paradas de R&B e paradas Dance.

Esta referência de Carey para os remixes das canções foi um lembrente para o público e para nós, críticos que estavam lá, que seu ouvido musical estendeu-se em vários gêneros. Mas a surpresa da noite foi a a interpretação de “One Sweet Day” com o cantor australiano Nathaniel Willemse (que tem sido o número de abertura na turnê pela Austrália). Carey ficou abaixo das expectativas, mostrando que não tinha ensaiado este improsivo e também mostrando que não ouvia e muito menos cantavaesta música há muitos anos. A história por trás de “One Sweet Day” soa como algo fora do filme. Quando Carey e o Boyz II Men se reuniram para colaborar, ambos descobriram que tinham escrito uma música sobre a morte de um amigo próximo, e para surpresa deles, as letras e acordes casavam perfeitamente. A música ainda é a canção de maior sucesso na história do Hot 100 da Billboard, estabelecendo o recorde de 16 semanas em 1° lugar. O que soa ainda muito surpreendente quando lembramos que 16 semanas equivalem à quatro meses de um intenso luto. Sem contarmos as semanas que a música ficou na parada sem estar em primeiro lugar.

Esta é uma música difícil de cantar e sempre será duramente julgada ao lado da versão de estúdio. Surpreendentemente, Nathaniel superou todas as expectativas com o seu desempenho fiel ao original. Carey, não querendo imitar o original, preferiu usar a atual parte favorita de sua voz, que são os agudos e médios , acompanhado com falsetes suaves. O resultado bruto final foi uma apresentação crua e corajosa de Carey. Ainda é de arrepiar os cabelos e , por algumas vezes, de cair o queixo.

Aparentemente, a multidão não ficava toda de pé com os números mais dançantes, ou quando os backing vocals estavam fazendo um número enquanto Mariah trocava de roupa (ela fez isto quatro vezes). Carey decidiu então fazer um passeio no meio da multidão (com apoio e seus seguranças).

Enquanto ela caminhava, pedia para os seus “Lambs” cantarem “ah you’re thirsty”, fazendo uma coro. Ela gritava: “Sing it for me”,” de acordo com algumas mensagens de fãs no Twitter, eles sugerem que a letra da música é para o pai de seus filhos, Nick Cannon, e isto explicaria o grito feroz dela na arena: “Ah you’re thirsty!”. Foi eletrizante e deixou todos loucos. A letra da canção fala sobre um ex-parceiro que está obcecado com a sua fama e quer usar qualquer coisa para aparecer e ter atenção da mídia. Nenhum review seria completo senão mencionarmos a impecável “Emotions”, canção de seu segundo álbum que leva o mesmo nome, onde ela atingiu todas aquelas famosas agudas. Cada whistle que ela atingia, os ‘Lambs’ iam à loucura.

É verdade, a voz de Carey mudou. Soa como se ela não tivesse dedicado tempo suficiente aquecendo as notas mais sussurradas, ou como se ela tivesse medo de usar as notas pela via nasal de sua voz (o que a fez famosa anteriormente), ou não usar algumas bases no fundo. No entanto, há uma precisão emocional muito maior na voz de Carey que ultrapassa todas estas outras questões citadas.

Eu nunca fui muito fã de “Hero”, que foi um sucesso massivo no mundo inteiro, mas sempre pensei ser um apelo desesperado de esperança. No entanto, ao ouvir Carey cantar a música ao vivo, com imagens de “heróis” de verdade no telão, alguns lendários como Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Malcolm X, Nelson Mandela, Obama, Marilyn Monroe, Steve JobsOprah, fez uma conexão genuína com o público, e isto foi uma experiência comovente.

Se eu fiquei emocionado por essa apresentação, fiquei sem palavras pelo ‘bis’, “We Belong Together”. Mariah literalmente oscila em cada nota dramática, te fazendo ficar inquieto e ligado à mensagem em cada palavra e nota. Talvez a probabilidade de ela escorregar contribuiu para o grande drama, mas nada pode tirar a conclusão de que não há palavras para descrever completamente a experiência de ouvir “A Voz” ao vivo.Talvez duas palavras, como os adolescentes falam hoje em dia, “Do cacete!”.

Embora o domínio das paradas possam ter estaguinado, a “The Elusive Chanteuse Show” prova que a influência de Mariah Carey, continua a fazer história, inspirando muitas mulheres, gays e pessoas de todas as raças a serem seus próprios heróis e enfrentar obstáculos, mesmo que metafóricos, como o da 110th Street.

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