O catálogo de músicas de Mariah Carey é uma preciosidade que as pequenas divas de hoje em dia podem apenas sonhar. Ao longo de duas décadas, incluindo um CD inteiro somente de números #1, Mariah nunca precisou de se unir a ninguém para ajudá-la a criar um hit, mas, no entanto, as canções que ela trouxe ‘sangue novo’ estão certamente entre seus trabalhos mais memoráveis. A Billboard decidiu revisitar oito de suas melhores colaborações e telefonamos para alguns de seus amigos em estúdio para eles falarem sobre suas melhores lembranças em trabalhar com Mimi. Veja os brindes das notas altas de MC abaixo:
“Honey” feat. Ma$e & The LOX
O sample de “Hey DJ” do World’s Famous Supreme Team tornou-se o ingrediente essencial para faixa “Honey” de Mariah Carey. Produzido por Hit Man, Stevie J e Puff Daddy, e também pelo Q-Tip do grupo A Tribe Called Quest, A música que ficou em 1° lugar em 1997, tornou-se o primeiro affair das colaborações de Bad Boy com os integrantes do The LOX, Jadakiss and Styles P, assim como Ma$e.
Stevie J: Estava com Puffy em estúdio trabalhando e ele falou: “Vamos trazer alguém aqui e vamos ver se conseguimos trabalhar com ela”, e era Mariah. Foi muito divertido – nós brincávamos bebendo uma garrafa de vinho e de Cristal. Ela estava empolgada demais e queria ver se éramos músicos de verdade. Ela chegou lá falando: “Vocês sabem mexer em mesa de som ou tocam algum instrumentos?”. Então nós fomos para sala e eu tinha que chegar lá e tocar piano. E então começamos criando melodias.
Q-Tip trouxe samples de “Hey DJ” para mesa e eu Puff levamos a música de lá. Nós limpamos o sample e não tínhamos tempo para cortar a bateria e o teclado de lá. Eu diria que sessão durou quatro horas em um dia. Uma vez que começamos a mixar a música (em um estúdio em Nova York), o Hit Factory, o The LOX estavam lá e perguntaram para Mariah, “Você conhece o The LOX?”, e ela respondeu, “Eu amo o the LOX!”. E então eles participaram da sessão e também entraram na música. E ela também amava o Ma$e, e então Ma$e também participou. Essa foi a equipe.
Jadakiss: Nós estávamos em outra sessão de gravação – estávamos no térreo e a Mariah estava no andar de cima. Então o Stevie J ou Puff foram até nós e falaram, “Você poderiam deixar a sessão de vocês e subir, eu preciso da ajuda de vocês para esta música da Mariah.” Nós eramos jovens, ambiciosos, e sedentos para melhorar a nossa careira, então nós falamos na hora, “Claro que sim!”. Paramos de fazer o que estávamos fazendo e subimos. Eu não que Sheek Louch estava lá, é por isto que ele que ele não estava na música. Surgiu tudo de forma espontânea – e eu achei que nós estávamos fazendo uma colaboração para outra pessoa.
E foi assim que aconteceu. Foi tudo muito espontâneo, e é assim que as melhores coisas acontecem ou algo parecido com isto.
Style P: Foi muito legal estar em estúdio – a comida era boa, o licor também era bom. Eu trouxe o meu elemento orgânico para mesa. Nós apenas tivemos bons momentos de verdade. Esta foi a primeira vez que eu bebi vinho de ameixa. Mariah me deu vinho de ameixa – naquela época eu nem sabia que existia vinho no sabor de ameixa. Foi realmente incrível.
Quando eu ouvi, estava muito animado. Para um rapper poder entrar em uma música da Mariah Carey, fazer o tipo de batida que você realmente gosta e não se importa de repetir várias vezes, isto faz ser boa sessão de gravação. Faz seu trabalho ficar mais fácil.
Jadakiss: Naquela época, eu ainda era um jovem garoto – realmente estava deslumbrado de trabalhar com Mariah Carey. Eu só estava tentando terminar o meu trabalho. Em seguida, quando fomos fazer o vídeo, nós podemos fazer de tudo – você precisava só se sentar com ela por algumas horas e então, você se sentiria como alguém importante.
A música estava estava em um espaço diferente – não havia dinheiro jogado ao redor. Os orçamentos para os vídeos era maiores, os orçamentos do álbum eram maiores. Todos estavam felizes de ter um espaço ali. Foi um dia divertido – helicóptero no set, ternos dourados brilhantes. Eu estava louco para usar aqueles ternos assim que a gravação terminasse, e até hoje eu não sei onde estas roupas estão.
Stevie J: Mariah é uma diva, e qualquer coisa que uma diva faz, transcende. Depois disto, eu e Puff nos tornamos os maiores produtores de hip-hop do momento, fazer uma colaboração com alguém como Mariah Carey, é inevitável você não ficar muito famoso, porque todo mundo sabe que ela é uma vocalista maravilhosa. Se ela tem algumas músicas de hip-hip e são escritas de forma certa, todo mundo vai se dar bem. Então, eu não tinha duvida alguma que ela ia se dar bem no universo do hip-hop. Ela é uma maiores artistas de todos os tempos, e eu sou apenas abençoado por ter trabalhado com ela.
Styles P: Ela é uma artista muito famosa, vende muitos discos, e ela sempre foi maravilhosa. Risonha, piadista, sempre com uma boa energia. Ela sempre te recebe de braços abertos. Existem vários artistas idiotas, especialmente que eles são deste calibre. Eu acho que ela se porta como uma dama legal, e uma dama legal boa para trabalhar. Eu sempre apreciei ela por isto.
“One Sweet Day” com os Boyz II Men
A canção que mais tempo ficou em #1 no Hot 100 da Billboard, também é uma das baladas de R&B mais tristes. “One Sweet Day” foi cantada por Mariah Carey e Boyz II Men, e foi inspirada por perdas pessoais e continua a ser recordista depois de todos estes anos, mostrando o poder desta música. O estimado compositor (e antigo colaborador de Carey), Walter Afanasieff e Nathan Morris (atualmente realizando com o Boyz II Men uma residência em Las Vegas) recordam as suas doces memórias de como foi fazer esta a faixa celestial.
Walter Afanasieff: Quando Mariah começou a escrever os estágios iniciais de “One Sweet Day”, ela se tornou algo muito pessoal para Mariah, por causa do assunto. Ela estava passando por um momento muito difícil. Creio que foi por causa de sua irmã. Ela tinha muito medo de que sua irmã morresse, porque ela estava doente e ela não queria perdê-la. A partir deste sentimento de perda, ela começou a escrever sobre esses sentimentos de como seria estar no céu em um dia doce, ver a pessoa que você ama mais uma vez.
Nathan Morris: Esta música é muito universal. As pessoas podem usá-la para diferentes razões, o que faz sentido, porque o que ela significava para nós não era a mesma coisa que significava com Mariah – embora todos nós tenhamos feito a música juntos. Do nosso lado, o nosso apego emocional foi que o nosso agente, Khalil Rountree, foi assassinado quando estava em turnê conosco. Mariah veio de uma forma diferente, mas é uma daquelas canções que o sentimento é o mesmo, não importa se o acidente aconteceu ou não.
Afanasieff: Uma coisa boa sobre Mariah que ela é mestre das melodias. Hoje, pessoas como ela são referidas como uma “compositora top de linha”. Uma grande compositora é aquela pessoa que consegue cantar algo logo de cara. Mariah é esta compositora de primeira linha muito talentosa, ela pode cantar as melodias e vir com ideias de letras na hora, e assim eu ia tocando os acordes e fazendo as progressões. Já tínhamos quase a música toda pronta quando surgiu a ideia de fazer ela com os Boyz II Men como um dueto. Ela e Wanye eram bons amigos, nós sabíamos tudo sobre um o outro. E então, os caras foram no estúdio que estávamos gravando, creio que foi o Hit Factory, em Nova York. Nós tocamos a música, e os caras disseram que era engraçado, porque eles tinha acabado de fazer uma música com uma ideia semelhante com a nossa canção. E então, tudo caiu magicamente e deliciosamente no lugar certo.
Morris: Foi um momento muito especial na nossa carreira. É sempre bom fazer algo que ninguém realmente tem ideia de o que ela vai se transforma, ou até onde mesmo as pessoas têm uma ideia de que será bem sucedida, eles ainda estão errados, porque geralmente conseguem mais sucesso do que eles realmente acharam que teriam. Esta musica me lembra disto. Ninguém sabia o que ia acontecer quando fizemos esta música. Obviamente, o Boyz II Men e a Mariah estavam no auge de suas carreiras, e então todo mundo tinha um sentimento sobre isto. Mas mesmo assim, quando você está no auge, você pode lançar coisas ruins e coisas deste jeito.
Afansieff: De vez em quando você tem a sensação de que fez uma coisa bem, nós estamos indo contra o status quo, isto não é algo que todo mundo pode cantar sobre. Todo pode ser encantador, soar incrível, mas há definitivamente algo especial aqui. Mas como ela ter ficado algo tão grande, ninguém sabe qual é a formula do sucesso.
Morris: É muito chato que nós não cantamos ela muitas vezes juntos. Nós cantamos apenas uma duas vezes até hoje. Nós tentamos cantar ela e fazer coisas diferentes, mas infelizmente, não deu certo. Uma vez, os Boyz II Men estavam Anaheim e nós estávamos próximos de onde a Mariah estava gravando um DVD para seu álbum. Nós tínhamos roupas normais, e foi decidido de última hora que iriamos gravar com ela. Subimos no palco e cantamos com ela para gravar o DVD.
Eu tive vontade de cantar esta música em várias ocasiões, mas infelizmente a Mariah não estava disponível para cantar conosco nos últimos 10, 20 anos. Não temos maus sentimentos sobre o assunto, mas é apenas isto. Nós queríamos apenas ter feito de uma forma melhor. É só muito chato, porque temos uma canção tão poderosa, você tem estar disponível para cantar mais de uma vez.
Afanasieff: Estive recentemente em Nova York com a minha esposa. O local que estávamos estava tocando esta música, e minha esposa disse a garçonete que eu era um dos compositores dela, e então a garçonete começou a chorar, ela disse que a canção tinha feito ela superar o falecimento de seu marido. E ela não podia acreditar que estava falando com uma das pessoas responsáveis pela existência da música. Ela começou a gritar. Ela disse que ouvia esta música todos os dias durante este período. Pelo o que entendi, muitas pessoas se sentem desta maneira. Não é ma canção de amor, é uma música sobre um momento difícil.
“Boy (I Need You)” feat. Cam’ron
“Boy” é uma das jóias mais brilhantes do Charmbracelet, o disco de 2002 da Mariah Carey. Feita em parceria com Dipset (graças a a versão original de “Oh Boy”, que ele produziu com Cam’ron e Juelz Santana), Carey tinha parecia uma colegial cantando as frases: “I’m gonna wrap you up inside my love and never let you go, boy”. Foi quando Killa Cam voltaria representar Harlem no spin-off de “Oh Boy”.
Just Blaze: Eu recebi um telefonema surreal. Eu nunca tinha falado com Mariah antes disto, mas um dia, a sua equipe estava dizendo ela queria falar comigo. E então nós fomos para o MSR Studios (o antigo Right Track Studio) na 48th Street em Nova York, e ela estava no lounge pronta para colocar a mão na massa. Começamos a fazer as coisas, e ela disse que estava interessada em fazer várias músicas. Ela me contou que amava “Oh Boy” de Cam’ron, estava interessada em refazer a canção, colocando seu próprio toque nela. “Oh Boy” era um dos maiores sucesso da época no mundo rap, e então, era algo que poderia ser resolvido facilmente – ela estava fazendo seu álbum de retorno, e ela me queria no disco e isto fazia sentido.
Obviamente, a música foi construída assim que eu voltei e trouxe a master da gravação original a música, nós adicionamos algumas instrumentações nela. Foi algo muito orgânico. Ela iria cantarolar algumas melodias, eu colocava algumas palavras e ela finalizava com algumas melodia. Demorou duas noites para ficar ponto, e nós ficamos sozinhos no estúdio.
Cam’ron não participou tanto. Ele fez a sua parte no Battery Studios em Nova York. E eu acho que ele foi re-negociar um acordo que ele tinha com a Def Jam, e acho que ele estava adiando a sua gravação na música para certificar de que ele receberia seu dinheiro corretamente. Eu estava fazendo a ligação entre ele e Mariah, e finalmente ele gravou a sua parte de última hora, me enviou de volta o verso e ficou muito bonito.
Minha primeira vez em estúdio com a Mariah foi ótima. Nós fizemos algumas jam sessions para ver o que iria sair dali, Com ela, eu fiz outra faixa chamada “You Got Me”, que tinha o Freeway e o Jay-Z. Ela que fazia as letras das músicas sozinho. Desde o inicio, ela fazia tudo. Ela foi muito criativa, e é uma coruja da noite como eu, então nosso cronograma funcionou muito bem. Eu me levanto dos os dias às 14h, e ficou acordado até as 5 da manhã.
Alguns artistas, especialmente desta estatura como Mariah, você espera que elas sejam divas e difíceis de trabalhar, mas a minha experiência com ela foi ótima, ela se tornou uma das artistas mais fácies de trabalhar, porque são bem seguros e decididos. Eles não precisam mais provar nada para ninguém, porque eles já são vitoriosos. Então, tudo aconteceu de maneira muito fácil e ela se tornou um das minhas melhores amigas depois disto tudo.
Breakdown” feat. Krayzie Bone & Wish Bone
Bone Thugs-n-Harmony e Mariah entraram em harmonia com a canção “Breakdown” em 1998, para seu sexto álbum de estúdio, o Butterfly. Com uma batida oscilante produzida por Stevie J e Diddy em parceria com Krayzie Bone e Wish Bone, a música tornou-se uma prosa comovente de Mariah Carey.
Krayzie: Estávamos em Cleveland, e recebi uma ligação do nosso empresário na época, Steve Lobel. Ele nos disse que a Mariah queria fazer uma música com a gente. Naquela época, ele não tinha ideia de como aquilo significava para nós, por ele não tinha muita experiencia no negocio. E ele continua assim nas ruas.
Eu até brinquei com o vôo que ela tinha levantado. Lembro-me de estar no avião com Wish Bone, e ele falou: “Não sei se queremos mesmo ir”, e já estávamos saindo do avião, até que eles fecharam a portas, e nós pensamos “Bem, agora é tarde, precisamos ir lá e fazer isto“.
Wish: Nós entramos ali e eu nunca vou me esquecer, nós ficamos chocados de estar ali. Nós estávamos prestes a entrar em estúdio com a Mariah!
Krayzie: Pra nossa surpresa, Mariah já tinha tudo definido. Ela tinha tudo o que precisamos para colocarmos as nossas ideias de fora. Ela tinha até separado um conhaque Hennessy para nós.
Wish: Nós literalmente fomos servidos de tudo o que tinha de melhor.
Krayzie: Quer saber, nós ficamos até um pouco bêbados naquela noite, até desmaiamos em estúdio (risos). E ela estava lá olhando para nós como se fôssemos loucos.
Wish: Nós estávamos um pouco alterados, por isto que tivemos que parar para respirar um pouco. Nós ficamos pensando, “Oh, É a Mariah Carey que está trazendo petiscos para nós. Estamos nos cutucando por debaixo da mesa, “Você tá vendo o que eu tô vendo”.
Krayzie: Depois que eu acordei, Stevie J estava lá. Ele tocou a faixa para a gente e ouvimos o que ela estava fazendo. E então instantaneamente começamos a cantar um rap, e aí fui lá coloquei na música, e então ficou incrível.
Wish: Ela tinha um plano traçado para nós, e então eu e Krayze começamos a fazer pequenas coisas para adicionar no gancho da música. Realmente, não havia nada para nós fazermos os nosso versos, por isto isto é o que devemos fazer.
Krayzie: Quando fizemos a gravação do vídeo, em cada cena que ela fazia, ela tinha que ter um ventilador em cima dela. Fazíamos muitas piadas do tipo: “Onde está o ventilador, ela não pode fazer esta cena sem o ventilador!”. Para ela, ela tem sempre que ter um ventilador. Ela é glamourosa o tempo todo, você sabe o que eu estou dizendo, né?
Wish: Na verdade, estamos planejando fazer o nosso “Bone Day”, um festival que vamos fazer todo ano em Cleveland, e estamos pensando em fazer algo especial, faríamos uma colaboração ao vivo com todos os artistas que trabalhamos ao longo dos anos. Se você está lendo isto Mariah, certifique-se que você vai estar lá!
Krayzie: Nós só acreditamos que tínhamos feito esta canção quando ela foi lançada. E então, ela era uma das boas coisas que já fizemos. Nós realmente fizemos uma música boa.
“Heartbreaker” feat. Jay Z
Mariah foi pioneira usando o Rap e Hip-Hip em suas canções pops durante os anos 90, fazendo músicas memoráveis. Uma de suas colaborações mais memoráveis foi ela ter trabalhado com até então desconhecido Jay-Z em 1999 no hit “Hearbreaker”, a cantora ainda fez um remix com uma letra femininista com Missy Elliott e Da Brat, usando ‘Aint No Fun” de Snoop Dogg como sample. Tanto a versão original como o remix foram produzidas pelo DJ Clue (que agora está como DJ na rádio Power 105.1 de Nova York), que falou com a Billboard como foi gravar em estúdio com Mariah.
DJ Clue: “Heartbreaker” foi a primeira música que fizemos juntos – nós tínhamos amigos em comum que estavam sempre dizendo que deveríamos trabalhar juntos. Eu tinha ideia – e sempre amei “Attack Of The Name Game” da Stacy Lattisaw. Eu costumava ouvir esta música quando era jovem. E então tive uma ideia de usar a música junto com ela. Uma vez toquei esta música para Mariah e ela adorou, e foi aí que nasceu “Heartbreaker”.
Ela disse: “Eu vou chamar Jay-Z e levar ele para colocar um verso na música”. E entãoeu fui lá e mostrei a música para Jay, e ele gosto da ideia, foi um casamento perfeito no momento certo.
Isto é uma coisa boa de como é trabalhar com MC – se você está fazendo uma música com ela, ela permite que você dê ideias e mostre soluções. Ela não diz primeiro o que ela tem que fazer. Ela dá ouvidos para ouvir as nossas ideias. Mas o mérito da música foi todo dela. Estava escrito na testa que este seria o primeiro single do seu álbum, sua música com Jay.
Com o remix, eu apenas tentei fazer uma mistura que agradasse todo o país, que fosse sucesso tanto na Costa Leste como na Costa Oeste. Obviamente, tinha um sample da Costa Oeste, para dar uma vibe maior para Costa Leste. E então eu adicionei uma pequena introdução. Foi mais que uma introdução de hip-hop, foi algo mais pesado. Eu só queria dar esta vibe para música. Então coloquei sample de Snoop. Da Brat fez sua parte em estúdio conosco, a Missy não estava lá.
Mariah estava tão ocupada na época, que cada momento que ela tinha livre ela queria fazer a música propriamente dita – mesmo que fossem necessário várias sessões para fazer somente uma música, ela queria ter certeza que iria sair tudo perfeito. Ela leva seu trabalho muito a sério – nós fizemos muitas músicas juntos, mas ela não lançou porque queria ter certeza de que seria perfeito, ela queria levar a um nível superior.
“I Know What You Want” com Busta Rhymes feat. Flipmode Squad
Busta Rhymes caiu de cabeça com Flipmode Squad em 2002. A faixa escrita por Busta Buss, e produzida por Rick Rock, estava no sexto disco de Rhymes, It Ain’t Safe No Moe. Flipmode Squad emprestou seus verso da música para Mariah Carey, que tinha participação de Rah Digga, Spliff Star, Baby Sham e Rampage. Veja abaixo o que eles falam sobre este hit monstro da década passada:
Rick Rock: Eu tinha feito esta faixa original para Jermaine Dupri para o Jagged Edge. Ele estava demorando para lançar o disco, e então enviei para Busta e ele adorou. Ele é um daquelas pessoas que ficam animados que dá toda energia para uma música. É assim que o Busta ficou quando ouviu a canção.
Rampage: Rick Rock, fez a batida para produção. Essa batida era super louca. Quando chegamos lá, Rick estava em estúdio, depois Busta e aí veio Spliff. Eu escutei a música cerca de 15 vezes, e então ele colocou o meu verso. Eu fui o primeiro a colocar um verso na música.
Baby Sham: Quando Buss trouxe batida, todo mundo teve aquela sensação – que estava vai ser a faixa mais sincera e pessoal. Todo mundo escreveu uma canção sobre os sentimentos dos outros. É por isto que todos os versos são do tipo… você pode ouvir sobre quem eles estão falando. Por isto ela é de fácil entendimento. Uma vez que todo mundo queria fazer algo mais pessoal, todo mundo entrou em estúdio e colocou as coisas para fora – por isto que saiu tudo tão fácil.
Rah Digga: Eu prefiro fazer todas minhas músicas mais agressivas, por isto que demoro um pouco mais para juntar as ideias na cabeça. Por isto que quero ser mente fechada, mas ainda sou um ser humano com sentimentos e emoções, e então foi isto que eu dei. Eu apenas afirmei os fatos.
Baby Sham: Uma vez que todo mundo já tinha gravado seus versos, Buss veio para harmonizar o gancho da canção. Como ele fez isto, eu entrei como se fosse uma mulher, repetindo o que ele estava dizendo, e ele achou que estava ficando ruim. A próxima coisa, você sabe, o produtor de hip-hop Chris Light veio (que Deus o tenha) e eu o Buss harmonizamos o gancho para ele, e ele falou “Uau, isto está maravilhoso.”
Rah Digga: Busta cantou primeiro, e nós amamos. Ficou realmente maravilhoso. Mas então, espera,, queremos o Busta Rhymes cantando o gancho? (risos).
Rick Rock: Ele teve a ideia do gancho, e nós estávamos tentando descobri alguém para fazer. E ele falou, “Eu quero a Mariah”, e eu pensei, “O que?”. Porque eu era um produtor novato na época, e eu estava muito grato de fazer isto. E então eu fui para Nova York para conhecê-la. Mas ela não veio para sessão de gravação, seus agentes falaram: “Ela precisa dormir dez horas para preservar sua voz”, e então fizemos a música e o Busta que negociou com ela. Claro que meus sonhos não foram desvendados, mas eu estava bem eu fiquei pensando “Isto não vai acontecer”, E então passei a noite e amanhã seguinte esperando ela para para gravar, e ela só gravou a música na noite seguinte.
Eu nunca cheguei a conhecê-la. Eu a vi cantar a música algumas vezes. Eu a vi ganhar um prêmio pela música. Ela era como eu pensava, uma verdadeira diva.
Baby Sham: Eu acho que Buss já tinha uma ideia do que ele ia colocar na música, quem ele estava querendo colocar lá, mas ele não disse nada até o momento certo.
Rampage: Nós chegamos a pensar em colocar o Usher nas partes do Busta, mas por alguma razão, isto não aconteceu.
Baby Sham: Uma coisa é, quando ele estava fazendo referência, ele não deu falou tudo de fato. Por um lado, ele não é um cantor. Foi ideia dele de colocar uma cantora naquela ponte, – nós estávamos pensando em vários cantores de R&B, e ela estava pensando, “Você tem manter isto”. E foi apenas uma referência, e a canção virou uma obra-prima.
Rick Rock: O Busta tinha as partes dele, o baixo, o médio e alto. Ele entendeu a estrutura da música.
Rah Digga: Nós estávamos trabalhando em um álbum do Flipmode Squad na época, mas quando você chega no quarto trimestre do ano, a gravadora precisa de um álbum de uma grande estrela da casa, e então foi assim que Busta passou na nossa frente. Mariah foi provavelmente estava mais propensa em entrar em um disco do Busta Rhymes do que em um disco do Flipmode Squad, e então todo mundo saiu ganhando.
Rampage: Quando nós voltamos, tínhamos um bom sentimento. Eu senti na minha alma que a música ia ser um hit, mas eu não tinha ideia o quão longe ela ia, mas eu sabia que qualquer que tinha Mariah envolvida no meio iria ser grandioso. Foi algo que definitivamente mudou a minha vida. Fui de zero a 100 rapidamente.
Rah Digga: Nós fomos até a Califórnia para gravar o vídeo, e passamos o dia inteiro lá, eu me senti como uma diva. Temos que tirar o chapéu para Mariah, que estava completamente comprometida com a canção. Ela fez o Summer Jam conosco, e nós cantamos em outro festival com ela – foi muito legal, dois mundos completamente diferente, um pegando carona no mundo do outro. Isto me fez, tecnicamente ser a primeira rapper mulher a me apresentar no Yankee Stadium. E eu realmente tenho que agradecer a Mariah por isto.
Baby Sham: Eu estava feliz por esta lá. Eu ainda tenho toda as roupas que usei no vídeo, era uma roupa diferente do que eu queria usar. Isto era o que estava no fundo da minha mente. Por alguma razão, eu fiquei paralisado com a roupa que estava usando.
Rampage: Mariah é realmente uma pessoa muito legal. Ela é muito camarada. Ela faz as coisas com gosto. Trabalhar para ela… Ela é um ícone. Ela realmente tem uma vibe incrível e diz o que pensa sem medo. Ela não é aquela pessoas de Hollywood sem conteúdo. Eu tenho orgulho de ter feito parte desta história. Nos próximos anos, a canção vai continuar sendo lembrara. Eu tinha estado em algumas músicas de sucesso, mas quando se trata de uma música como esta, é algo um pouco maior. Não é qualquer um que tem uma canção com Mariah Carey, você entende o que estou dizendo?
Baby Sham: Quando a música foi lançada, ela fez muito sucesso. Durante o ápice dela, eu tive que mudar o número do meu celular umas 15 vezes. As pessoas começaram a me ligar e perguntar, “Este telefone ainda pertence a você? Por que você tem mudado de número toda hora?” A música realmente fez a carreria do Flipmode chegar no ápice.
“Crybaby” feat. Snoop Dogg
Um caso misturado um ex-namorado com insônia e o creme irlandês Baily inspirado em uma colaboração chorosa de Mariah Carey com Snoop Dogg. “Crybaby” foi lançada como single duplo (lembram-se disto?) junto com “Can’t Take That Away (Mariah’s Theme)” do álbum de 1999 da Mimi, o Rainbow.
Damizza (produtor): Eu tinha apresentado várias faixas para ela e ela não gostou de nada, nem sempre você pode sair ganhando. Eu estava sentando com o meu parceiro de composição, e “”Piece of My Love” do Guy começou a tocar. Esta base! Corri para o Beverly Hills Hotel, onde a Mariah estava hospedada, e ela adorou e falou, “Meu Deus, eu amei isto! Eu quero colocar o Snoop Dogg nesta faixa”.
Eu tive que enviar a música no dia seguinte por FedEx, senão ela não estaria no álbum. Eu estava pensando, “Você coloque Snoop Dogg nesta música, e finalize ela tudo em um dia?”
Liguei para Snoop Dogg e ele falou, “Eu estou fazendo mil coisas agora e não posso sair de casa agora. Você vai ter que vir até aqui em casa e fazer isto”. E eu pensei, “Ok, agora eu vou ter que dirigir até a casa de Snoop.” E ele tinha um estúdio em casa. Chegamos lá, e Snoop disse: “Isto é realmente incrível, e estou pronto para gravar”.
Minha coisa favorita é que Mariah conseguir ir do mais alto ao médio e ao mais baixo, isto soa como algo que ela fez com o Bone Thugs-N-Harmony. Então, eu estava pensando em como ela faria os vocais para esta canção, pensei em fazer algo como “Breakdown”, e eu disse. “Nós podemos fazer aquelas camadas vocais que você gosta de fazer” Isto é tudo que eu vou pedir para você”. Eu tinha acabado de sair do estúdio com Snoop, e ela foi lá fazer a sua parte, e no dia seguinte, eu tinha editado tudo e a música foi enviada para entrar no cd.
A música é realmente sobre uma situação – sobre ela está literalmente andando na ponta dos pés, pensando em uma situação antiga. A forma que ela escreve as suas músicas é tão prolífico, mas isto é algo muito pessoal. É por isto que ela é incrível.
Ela é realmente a melhor artista de todos os tempos, ela é e você não pode negar isto. Ela é a pessoa mais incrível que andou na terra. Ela escreve o seu próprio material, e ela produz o seu próprio material…Ela é uma artista completa.
“Fantasy (Remix)” feat. Ol’ Dirty Bastard
Este é o quinto single de maior sucesso de Mariah Carey, “Fantasy” marcou a sua primeira colaboração com um rapper (o falecido Ol’ Dirty Bastard, então no meio do auge do Wu-Tang Clan). A música debutou direto em 1° lugar no Hot 100 da Billboard, tornando-se a primeira mulher a fazer isto, e também foi o primeiro clipe que a própria Mariah dirigiu (o clipe dos sonhos, com parque de diversão temático e uma aparição memorável de O.D.B). Construído com o samples de “Genius Of Love” do Tom Tom Club de 1981, a canção foi um grande sucesso nas rádios pop e de hip-hop, também teve remixes feitos pelo Puff Dady. 21 anos após o seu lançamento, a música continua sendo uma das canções de maior sucesso de todos os tempos. Fazendo Mariah abrir os caminhos para uma tendência que iria acontecer ali, desde os primeiros versos de Mariah na música com o trecho “Keeping it real, son,” de ODB, a música tornou-se uma formula copiada ao longos dos anos e continua sendo até hoje. Abaixo, Dave Hall (co-autor e produtor da canção), Cory Rooney (Gerente de repertório da música) e Nashiem Myrick (engenheiro) contaram a história por trás deste hit icônico da cantora.
Rooney: Alguém tão poderoso como Tommy Mottola era no mundo da música, ele não tinha alcance do mundo da música mais urbana. Eu vim da Uptown Records (que tinha artistas como Mary J. Blige e What’s The 411?, e artistas deste gênero). Então, como um executivo, ele ira postegar isto para mim. Todo começou com eu levando para ele conhecer Dave Hall (era produtor da Blige e de outros artistas).
Hall: Eu tinha trabalhado com ela no ano anterior com “Dreamlover”, eu produzi e co-escrevi a música com ela. Essa foi a primeira vez que trabalhamos juntos. Eles queriam misturar um pouco o som de Mariah Carey com a música urbana. Eu era jovem e um produtor que ainda estava ficando famoso, e então poderia dizer não.
Rooney: Com a versão original do álbum, todo mundo na rádio urbana, até mesmo os gerentes de música urbana da Sony falaram, “música ótima, com um grande sample, mas é realmente uma grande música pop”.
Hall: Nesta época na música, usar samples era realmente uma coisa muito grande. Diferente da música pop, que eles não faziam isto. E então eu acho que dei a ela um pouco mais de música urbana, mas não muito. O suficiente para ela estar nervosa, mas os fãs ainda estavam muito felizes.
Ela veio ao meu estúdio e disse que gostava de “Genius Of love”, e em quatro horas nós estávamos fazendo a música, ficamos fazendo as bases musicais e e deixamos ela livre no microfone inventando a letra por 15 e 20 minutos, aconteceu de forma natural. Eu acho que a arte está perdida agora, agora as pessoas escrevem as músicas por e-mail, você acaba perdendo a interação entre as pessoas criativas. Muitas pessoas no estúdio também é um grande obstáculo.
Ela é uma apenas uma pessoa focada quando ela quer algo em estúdio – e ela garante que tudo saia perfeito. Seus vocais precisam sempre estar perfeitos. Existem alguns materiais peculiares por aí, mas eu não vou comentar, porque eu ainda faço música para sobreviver.
Nós escrevemos outra canção no mesmo dia (“Splipping Away”, que posteriormente foi lançada como b-side). Era uma balda, uma música lente. E eu continuo a ouvir algumas pessoas dizerem: “Esta é a melhor música que ela já escreveu, nunca entendi porque ela nunca lançou ela oficialmente.”
Rooney: Tommy disse, “Cara, poderíamos fazer alguns remixes para esta música, deixando ela um pouco mais urbana?”. E então, sem pensar duas vezes eu disse para chamarmos o Puffy. Eu conheço Puffy desde os tempos da Uptown Records – ele era nosso estagiário.
Ele é um pouco rude as vezes, mas não há um método para sua loucura. Ele simplesmente não faz rodeios, ele fala algo do tipo, “Oh meu Deus, isto é muito louco, apaga isto, coloca isto aqui”. E você fica olhando para ele pensando, “Cara, que diabos você pensa que é? Você nem é músico, não entende nada sobre música”. Mas ele tem ouvido bom para hip-hop e sabe fazer isto bem. Você tem que respeitar o ouvido de alguém como Puffy, pois no final das contas, ele era mais um consumidor da música, antes de qualquer coisa.
Primeiro Tommy deu para trás e disse: “Nós precisamos de algum músico de verdade”, e eu disse para Tommy, “Por favor, nós precisamos fazer o oposto. Precisamos de um cara que vai desrepeitar completamente esta música”. E foi isto que Puffy fez durante o dia inteiro. E Tommy levou isto até Mariah, que amou a ideia de ter o Puff ali, porque ela era muito fã do Puff. E entrei em contato com Puff na mesma hora ele disse: “Absolutamente não, ela é um pouco doidinha. E eu estou um pouco preocupado”, você sabe que ele fala desse jeito. E então ele me disse: “Eu não preciso de mais loucura na minha vida agora.”
E então ele me enviou algumas coisas sobre ela, e elem e ligou uma hora depois, “Você não me contou que ela vendeu mais de 28 milhões de discos no último álbum. Você acha que ele irão me pagar 60 mil dólares para produzir este?”. E eu disse. “Sim, isto eu posso te garantir.” E então Mariah e Tommy e todo mundo concordou em trabalhar com ele.
Ele apareceu em 15 minutos para gravar com o disco, ele disse primeiro que a música tinha um defeito, que era muito barulhenta e tinha um loop de merda, que isto não é bom. Ele disse que tinha pegar a parte da pausa dos tambores, que isto ia bombar. E então ele fez a sua parte lá música (“What you gonna do when you get out of jail/I’m going to do a remix”).
Puff teve que cantar algumas coisas para Mariah, mas ela nunca esteve em estúdio com ele. Na época, ela era esposa do Tommy. E Puff era jovem, e estava em todo lugar. Então, a única coisa que todos pensaram é que estava faltando um rapper na música. Mas Tommy não queria Puff nela, e então Mariah sugeriu O.D.B, por ela adorou o que ele fez com o SWV. Ela adora todos os seus discos, especialmente o que ele fez com o Wu-Tang. E então ela foi até a sua limusine, e ela tinha um rádio rosa e lá tinham uns discos do ODB. E o Tommy olhou para cara dela e falou: “Esta é a merda mais ignorante que eu já ouvi na minha vida”, realmente ele era muito ignorante ,mas era o que ela amava ouvir.
Myrick: Eu fiz a programação da música para Puff – Eu realmente fiz o remix, você sabe o que eu quero dizer? Nós simplesmente usamos a música original e apenas transformamos a sua essência em um som mais hip-hop. Reduzimos a sua velocidade. A pegada era totalmente diferente – a versão original era mais dançante, era o mainstream do momento. Nós abaixamos o tom da música, você sabe, é um remix da Bad Boy, e então tem que soar mais cru.
Eu poderia dizer que foi um sucesso porque eu fiz isto – mesmo sem Ol ‘Dirt Bastard, a música já estava soando desta maneira, uma vez que reduzi a sua velocidade, eu tinha que ajustar os vocais e sintonizá-la com o sample. Ainda está na mesma pegada, só com um mais devagar. Ouvi-la gritando na versão crua me fez diminuir um pouco mais a batida. Esta música já estava na rádio – já era single – e era a Mariah Carey, então 50% já estava pronto ali.
Eu e Puff tivemos nossa pequena guerra ali – até hoje as pessoas lembram disto. Acho que foi porque eu estava demorando muito para fazer um remix, e sabia que o ODB estava a caminho para participar da música. Ele não pode ser o centro das atenções, ele nem sabe o que é preciso, ele não sabe nem usar o equipamento. Que diabos é isto que este cara está falando?
Rooney: Eu realmente fui falar com ODB, e ele queria 15 mil dólares para participar do disco. Na época, isto era muito dinheiro, mas realmente era muito pouco para o orçamento que a Mariah tinha, isto não era o problema. Ele finalmente apareceu, após três horas de atraso, quando ele chegou já eram 22:30 a noite. Ele havia bebido e estava no telefone quando ele entrou. Ele estava irado com um garata, dizendo que ia matá-la e dar um chute na bunda dela, e depois ficou sussurrando dizendo que amava ela. Em seguida, ele voltou a gritar e isto continuou por uma hora.
E ele finalmente desligou o telefone e falou: “Me perdoem, esta cadela está realmentem e deixando louco. Eu preciso de Moët & Chandon para cair de cabeça nesta música”. E então eu disse, “Já são 00:30, como é que vou comprar Moët & Chandon uma hora desta?” E então ele começou a gritar com os assistentes, chamando eles de demônios brancos dizendo: “Vocês diabos brancos, vocês querem não querem ser fodidos por uma pessoa preta”. E então eles saíram para procurar a Moët & Chandon, mas naquela horário, eles só conseguiram encontrar algumas Heinekens. Ele estava tão revoltado, que jogou até uma garrafa no chão.
Nesta altura, Mariah tinha me ligado no celular, pedindo para ouvir algo por telefone. Tommy estava muito chateado com Mariah, porque ela queria manter ODB na música, e ele finalmente falou com ODB no telefone, e então finalmente começamos a gravar a música. Em uma das linhas ele falou, “me and Mariah, go back like babies with pacifiers” E em seguida ele disse que precisava de uma pausa para dormir por uns 45 minutos. E então logo depois ele acordou e pediu para ouvir o que ele tinha feito, e aí mostramos para ele e ele gravou outros versos e voltou a dormir. Na verdade, ele dormiu três vezes antes de finalizar o seu verso, você pode ouvir que seu verso tem um pequeno espaço. Na verdade, ele disse que o engenheiro poderia resolver isto. “Vocês tem que gravar esta porra direito, porque eu não vou gravar isto duas vezes.”
Eu fiquei no estúdio até ele acabar. E então estava indo dormi, quando Mariah Carey e Tommy me ligaram para dizer que ouviram a música e amaram. Porém Tommy teve uma ideia brilhante, “Vamos trazer o ODB em estúdio novamente, eu quero que ele grave um verso com a linha , “New York in the house,” um verso para cada cidade”. E eu disse, “Você deve estar brincando”. É claro, OBD queria mais 15 mil dólares para gravar este verso. E ele voltou para o estúdio um pouco mais suave, mas morto de cansado. Ele estava sentado lá com a comida presa em seus dentes, E aí do nada ele puxou um pedaço enorme de comida da sua boca e eu pensei, “Quanto tempo será que esta comida está dentro da boca dele?”. Em seguida, ele caiu de sono em estúdio e tirou e chutou o sapato. O seu pé era tão fedido, nós tivemos que deixá-lo dormindo lá sozinho. Finalmente, tínhamos feito a outra a parte e eu achei que já tínhamos acabado. Mas aí uma semana depois era a hora de gravar o vídeo, e então ele queria mais 15 mil dólares. Sem problemas, E então eu enviei um carro na porta da casa dele e ele tomou toda as bebidas da limousine. E então eu mostrei o trailer dele no Rye Playland em Nova York. Naquele dia, eu tinha perguntando para ele se ele precisava de roupas para gravar o clipe, ele disse: “Não isto é hip-hop. Eu só vou estar de jeans e com uma bota de camurça.” Naquele dia, ele estava dentro do trailer e começou a gritar: “Eu não tenho roupa nenhuma, como é que vou gravar o vídeo: Eu não tenho nada para vestir”. E então eu perdi a paciência e comecei a gritar com ele.
E então Tommy falou para eu pegar o meu cartão coorporativo e comprar roupas pra ele. E então ODB desapareceu por um minuto, e nós encontramos ele em uma loja tentando comprar uma mala da Louis Vuitton. E ele disse: “Estou comprando isto para usar isto em uma das cenas”. E ele voltou ao set com vários sacos de roupas da Timberland e da Tommy Hilfiger.
E então, finalmente fomos gravar a sua cena, e ele colocou uma calça jeans e uma bota de camurça e disse: “Eu não vou vestir camisa alguma, porque eu não preciso de nenhuma roupa para gravar o clipe”. Eu queria matá-lo. E então eu tive uma ideia, pensei em amarra-lo de palhaço no clipe. E além disso, Mariah tomou sozinha uma garrafa de licor de pêssego, que ela sempre usou para beber em seus vídeos. Ela bebeu duas garrafas naquele sol quente, o que foi um desastre. Foi um milagre real o vídeo sair naquele dia.
Myrick: Naquela época, haviam dois Hit Factories, um próximo ao outro. Eu e Puff gostamos de andar entre os estúdios o tempo todo juntos. Isso é quem ele era na época – era só eu e ele caminhando por Nova York juntos. Foram os primeiros estágios da Bad Boy Records. Puff não poder mais andar assim por aí nos dias de hoje.
Rooney: Uma noite, fomos jantar no Sylvias em Harlem – eu, Tommy e Mariah. No caminho de volta, estávamos andando na limusine e todas boates de hip-hop que passávamos em frente estavam tocando “Fantasy”. E então Mariah colocou os óculos de sol, e as lágrimas vieram em seu rosto, porque ela não podia acreditar que a sua música estava tendo toda esta receptividade. E este foi um início de uma tendência sem volta para música pop.
Ela me disse uma vez que era grata por seu sucesso, mas que ela trocaria todos os seus recordes de vendas para obter o respeito que Mary J. Blige tem. Ela me disse: “Mary nunca vendeu 28 milhões de discos em álbum para ser respeitada e as pessoas respeitam ela, eu só quero ser respeitada como ela é.”
Fonte: Billboard