Quando as pessoas te rotulam, você tem duas opções: lutar ou aceitar.
Combater isso pode ser uma perda tempo.
E assim, Mariah Carey tem – especialmente nos últimos tempos – abraçado o rótulo de “diva”. Quer seja um banho de espuma com Jimmy Kimmel para relembrar o seu infame episódio no “MTV Cribs”, ou uma participação no filme “Popstar”, Carey, com sua língua ferina, sempre diz, “eu sou a pessoa mais humilde que eu conheço”, mesmo assim amando ser reconhecida como diva.
Isso funciona principalmente porque ela continua uma grande popstar mesmo já tendo 26 anos de carreira.
No primeiro, de três shows, realizado na Arena Blaisdell na noite de ontem, Carey abraçou o rótulo que a persegue, e fez bom uso dele desde o início.
Entrando em um sofá carregado por seus bailarinos, Carey – vestida com um colete vermelho e cantando com um microfone dourado – foi ovacionada, pela multidão que lotou a arena, quando cantou “Fantasy” (não exatamente uma surpresa pois esta é a “Sweet Sweet Fantasy Tour”).
Se você é conhecida como diva, por que não ser uma, certo?
Carey ofereceu mais do mesmo durante toda a noite – trazendo seus filhos para o palco durante a música “Always Be My Baby”, mudando de figurino várias vezes, até mesmo chamando seu maquiador para retocar sua maquiagem durante a apresentação.
A única coisa que os fãs amaram mais do que a figura espetacular da cantora, foi a sua própria música.
Carey tem um catálogo de 18 canções #1 e mais 16 hits que figuraram no Top 40 a sua disposição, mas ela se concentrou, na maior parte do show, em seu material mais dançante, fazendo bom uso dos seis bailarinos de sua equipe.
Depois de “Fantasy”, Mariah cantou outro grande sucesso, “Emotions”. As notas altas da música são difíceis de se fazer ao vivo, mas Carey mostrou que ela não estava ali para brincadeira – a cada nota alcançada, a plateia ia ao delírio.
Ela era igualmente impressionante quando cantava suas baladas, antes com “Vision of Love” e “My All” e mais tarde com “We Belong Together” e “Hero”, as duas últimas músicas de seu show de 85 minutos.
Uma das perguntas que que afligiam a plateia era como Carey iria lidar com as canções que tinham parcerias, a maioria de rappers, como Jay-Z (“Heartbreaker”) ou cantores como Miguel (“#Beautiful”). Os rappers “participaram” com o áudio original das gravações do álbum. Ela não quis incluir muitas músicas que tinham parcerias na setlist do show – como “One Sweet Day” e “Thank God I Found You” (Joe e 98 Degrees) – mas teve uma ajuda, do cantor que abriu seu show, para cantar”#Beautiful.”
Jussie Smollett, que fez o show de abertura, voltou ao palco, mais tarde, já durante o show de Mariah, sua parceira na série “Empire”, para dividir os vocais com a estrela, substituindo o cantor Miguel. (O próprio Miguel vai estar na cidade em algumas semanas, o que me deixou pensando curioso em saber quem o cantor colocará para cantar as partes de Mariah). Ele também dividiu o palco com Carey durante “Infamous”, a música que cantaram juntos no seriado “Empire”, no mês passado.
Smollett foi impressionante no, que ele disse ter sido o maior show de sua carreira, mostrando que ele é o pacote completo – voz suave, dançarino forte.
Cantando principalmente músicas que ele performou, ainda, como Jamal Lyon, seu personagem em “Empire”, Smollett foi acompanhado por três dançarinos, que tinham uma essência “Rhythm Nation” – era de ouro de Janet Jackson.
Smollett subiu ao palco por volta das 20:15 (horário do Havaí), com Carey começando seu show por volta das 21:30. Vale a pena ir à Arena para ver Smollett, isso se você quiser ir a um dos dois últimos shows na sexta-feira ou sábado (alguns ingressos extras foram postos a venda).
Fonte: Star Advertiser