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Quando foi anunciada como atração principal do evento ”Amazônia Para Sempre”, algumas pessoas questionaram a escolha de Mariah Carey para ser a headliner do festival, que tem uma proposta em prol do meio ambiente, alinhado com os objetivos da 30ª Conferência das Partes Para o Clima, a COP30 (promovida pela ONU).

Quando anunciada como headliner do evento que acontece literalmente no Rio Guamá, em Belém do Pará, alguns comentários xenofóbicos sudestinos e sulistas surgiram na internet alegando que o local não teria estrutura para receber uma celebridade desse nível (um pouco de inveja e birra de um público mimado e acostumado a ter tudo na porta de casa) Influenciados pela imagem de ”diva” da artista, alguns mais desavisados podem achar que Mariah seria frívola para algo dessa magnitude. No entanto, estão terrivelmente enganados.  E esses são alguns dos motivos que provam que Mariah é sim uma ótima decisão para compor o projeto:

  1. Opinião Política: Desde o inicio dos anos 2000, Mariah é uma entusiasta do movimento ”Vote or Die” (em português Vote ou Morra), que tem o foco de conscientizar pessoas -principalmente minorias, a votarem. Além disso é abertamente Democrata, apoiou Barack Obama em sua eleição (2008) e reeleição (2012), inclusive indo em evento e até compondo uma música para a campanha de candidatura do mesmo (Bring It On Home). Obama, é conhecido como o presidente estadunidense que mais protegeu os patrimônios históricos e naturais dos EUA, ao todo foram 28 tombamentos incluindo o Gold Butte em Nevada, local sagrado para os povos nativos norte-americanos. Em 2022, com a vitória de Biden, publicou uma foto da posse com a legenda ”O Sofrimento pode durar a noite toda, mas a alegria vem pela manhã”, fazendo uma crítica ao governo anterior.
  2.  Consciência de Classe: Em 2020, viralizou na internet uma entrevista para a revista V Magazine, onde ela reforçava mais uma vez a importância do voto, mas com um viés diferente: lembrando que para pessoas negras e mulheres, ele era um ato de homenagem aos antepassados que não puderam votar devido ao machismo e sexismo. Na mesma entrevista, Mariah se mostrou contra o discurso da meritocracia – que defende a ideia de que o sucesso financeiro, profissional ou acadêmico é resultado exclusivo do esforço individual. No entanto, sabemos que a conquista desses objetivos está diretamente ligada a condições favoráveis nos âmbitos político, econômico e sociocultural. Quando apenas uma parcela reduzida da população consegue ascender, isso não significa que os demais falharam, mas sim que o sistema, estruturado para beneficiar alguns, não oferece as mesmas oportunidades para todos. Em suas palavras Mariah disse: ”Fomos socializados para acreditar que a pobreza é um fracasso pessoal, e não de nossos sistemas.” e ainda continuou:  “Há uma ‘vilanização’ daqueles que têm necessidades não atendidas, seja o acesso a cuidados de saúde (incluindo cuidados de saúde mental), ajuda financeira, moradia acessível, sem falar da oportunidade de rir e encontrar alegria além do trabalho”
  3. Projetos Filantrópicos: É membro do conselho da Fresh Air Fund, e há 30 anos apoia a ONG nova-iorquina através do Camp Mariah, um acampamento para estudantes entre 11 e 13 anos, em situação de vulnerabilidade, onde aprendem sobre cinema, fotografia, moda, dança, culinária, robótica, praticam esportes coletivos, natação e têm aulas ao ar livre de ciências ambientais -além de aprenderem a fazer currículo, cartas de apresentação e simular entrevistas de emprego. Além disso ao longo de sua carreira apoiou projetos como o ”Stand Up To Cancer”, que tem o intuito de arrecadar fundos para a pesquisa do câncer, e o Helping Haiti, que através do single ”Everybody Hurts” – em comunhão com diversos artistas- conseguiu verba para ajudar as famílias afetadas pelo terremoto do Haiti em janeiro de 2010.
  4. Defensora dos Animais: Em 2017, Mariah recebeu da PETA, o ‘Prêmio Anjo dos Animais’ por seu incentivo à famílias adotarem animais abandonados de abrigo, através do seu filme e livro natalino ”All I Want For Christmas Is You”.
  5. Consciência Racial: Birracial, filha de um homem negro afro-venezuelano e uma mulher branca de origem irlandesa, Mariah nunca escondeu as suas origens e sempre trouxe à luz, o fardo de crescer sendo birracial em um país com uma cultura tão racista quanto os EUA, além do mais quando olhamos para o cenário dos anos 70 e 80. Uma das músicas em que Mariah cita isso por exemplo é ”Outside”. Durante o movimento ”Black Lives Matter”, impulsionado pelo assassinato de George Floyd, Mariah se mostrou aliada nas redes sociais e entrevistas, como quando foi questionada sobre isso por Serginho Groissman no programa Altas Horas, e frisou que esse não era o primeiro caso que acontecia, mas agora as pessoas tem um celular na mão e conseguem documentar as agressões sofridas pela polícia e por racistas.
  6. Conteúdo Lírico: É normal que o grande público conheça Mariah mais pelas letras românticas ou animadas/debochadas, já que essas costumam ser as escolhas de singles e acabam furando a bolha do fandom, no entanto o conteúdo lírico de Mariah é muito mais abrangente e rico. E isso, desde seu primeiro álbum, em 1990, quando em ”There’s Got To Be a Way” ela canta sobre desigualdade social: ”Um homem quebrado, sem um lar, desesperado e tão sozinho, é uma vítima da sociedade que ninguém realmente quer ver. Alguns de nós nem sequer se perguntam, outros nem sequer se importam. Será que não podemos simplesmente ajudar uns aos outros? Não há o suficiente para compartilhar? Tem que haver um jeito de conectar este mundo hoje, de nos unirmos para aliviar a dor. Tem que haver um jeito de unir esta raça humana e, juntos, trazermos a mudança. Em alguns lugares, ainda acreditam que a cor concede supremacia. Eu não entendo como pode haver preconceito institucionalizado.”                                                                                                                                  É de extrema importância que uma artista do porte de MC se apresente em um evento com um proposito tão além do entretenimento, e mais ainda: fora do eixo Rio – São Paulo. (Essa não é a primeira vez que Mariah se apresenta em um local fora do planejado por estrelas internacionais, Mimi já cantou em Barretos). Mariah Carey não é apenas uma grande artista, mas uma voz ativa em causas sociais, ambientais e raciais. Sua presença no Amazônia Para Sempre não apenas enriquece o festival, mas também amplia o debate sobre a importância da Amazônia e da cultura do Norte do Brasil para o mundo.

vem diva, tomar Cachaça de Jambu na taça de cristal!

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