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KING OF POP

Voltei para L.A. e voltei a uma sanidade relativa por algumas semanas, quando Mariah me telefonou. “Eu tenho que ir para a Coréia! Luis realmente quer ir e eu não quero ir sozinha. É um show do Michael Jackson. Ele está enviando um jato privado para mim. Você vai?”

“Mas com toda certeza!”

“OK, eu vou ligar pro Michael e dizer-lhe que estamos indo.”

Eu certamente estava ansioso para conhecer o Michael Jackson, mas essa história de ficar dando voltas ao mundo – e depois voltando a LA pro meu emprego – estava começando a mostrar as consequências. Eu estava exausto e fui direto para a cama quando chegamos ao hotel em Seul, dormimos durante a noite e não ouvimos minha chamada de alerta na manhã seguinte. O chamado que me despertou foi de um dos assistentes da Mariah, que disse “Onde você está? Precisamos sair em cinco minutos. A Mariah já está no carro. Ela não vai embora até você estar aqui.”

Eu coloquei minhas roupas correndo e desci as escadas. Saí do hotel pro meio da Mariah Mania. Havia milhares de fãs pululando, gritando seu nome. Mariah nunca cantou na Coréia antes, e estavam todos loucos. Eu nunca vi nada parecido e, na verdade, era meio assustador. Tivemos uma enorme escolta militar para o local. Alguém nos bastidores me contou o porque estávamos lá – Michael tinha reservado um enorme estádio de 100,000 lugares, mas as vendas de ingressos foram suaves e se estabilizaram em apenas um terço do local. Ele ligou para Mariah. Bem, isso foi uma inteligente decisão de negócios e um primoroso trabalho de relaões públicas. O local acabou logo após a participação dela ter sido anunciada.

Estávamos todos esperando no vestiário de Mariah, conversando, quando ela veio até mim e perguntou se eu queria conhecer Michael antes do show. “Sim”, eu disse, “eu adoraria”.

Nós caminhamos pelo corredor através de uma massa de guardas de segurança e entramos em outro vestiário. As únicas luzes acesas eram as do contorno do espelho deke. Michael estava de pé, na frente dele, praticando aqueles movimentos com os ombro. Olhei para a minha esquerda, e tinha uma criança que parecia exatamente com Enrique Iglesias, vestida com uma roupa que combinava com a de Michael. Ele nos viu e sorriu.

Mariah disse: “Michael, esse é meu melhor amigo, Damion. Este é Luis Miguel, e este é Trey Lorenz.” Fiquei impressionado com o quão leve foi o superstar. Ele era tão legal que não posso começar a descrever o sentimento de finalmente conhecer sua majestade, o Rei do Pop.

Durante sua apresentação, Luis, Mariah e eu ficamos ao lado do palco para assistir. Foi deslumbrante. E uma das experiências mais estranhas da minha vida – depois de cada música, ele veio até nós e teve uma conversa contínua com Mariah como se a performance em si fosse a coisa mais simples do mundo que ele só tinha de chegar ao fim. Não me interpretem mal, sua performance foi incrível e quando ele estava na frente do público, ele não estava enganando-os de nada; ele estava dando tudo dele. Mas era muito bizarro era que ele vinha quando as luzes se apagavam. Billie Jean terminou e ele veio e começou uma conversa com a Mariah. Ele voltou ao palco em outra música, com uma rotina de dança espetacular, jogando o chapéu na multidão. Quando essa melodia terminou, ele voltou ao lado do palco e continuou como se nada tivesse acontecido: “Então, o que estava dizendo é que…” Foi fantástico. A única coisa que eu posso comparar é um performer da Broadway que conhece suas linhas e rotinas tão bem que está enraizado. É como se ele estivesse no automático, ele não precisava pensar sobre o que estava fazendo.

Após o show, estávamos ao lado do palco, onde ele tinha uma área de mudança de roupa. Eu estava um pouco entediado e pedi licença para vagar e ver o resto da estrutura. Sempre gostei de ver como funciona a “máquina” em produções tão grandes. Quer dizer, é preciso de centenas de pessoas para turnês tão extravagantes, e às vezes é difícil acreditar que experiências tão surpreendentes saiam de um caos tão grande. Para não atrapalhar fiquei fora do caminho dos profissionais, aproveitando o momento, quando um cara com muletas veio até mim e me perguntou bem irritado “Ei! Quem é você, porra?!”

“Eu sou Damion. Estou aqui com a Mariah”, falei, um pouco surpreso. “Sai daqui agora!” Eu fiquei puto e disse: “Sai você daqui. Quem é você?”

“Eu sou o chefe de segurança de Michael Jackson”.

“E?”

Ele me perguntou de novo quem eu era.

“Eu lhe disse quem eu era”.

Ele ficou louco e começou a falar merda. O tour manager da Mariah viu o que estava acontecendo e veio para dizer ao cara para parar porque eu tinha acesso. Mas o imbecil continuou. Eu pensei: “Foda-se essa merda”, e fui ao vestiário da Mariah para esperar o comboio de volta ao nosso hotel.

Hoje, pensando nisso, comecei a rir. Lembrei-me de que recentemente fiz uma entrevista com o L.A. Times e me perguntaram sobre Michael. Eu disse que eu era um grande fã de Michael Jackson, mas que eu pensei que seu novo álbum era ruim. Depois descobri que alguém da equipe dele leu isso.

 

Damion “Damizza” Young – Guilty By Association

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