No início deste mês, Mariah Carey encantou seus fãs ao anunciar que um novo álbum estava a caminho, e que seria lançado em algum momento de 2017. Os fãs devotos de Carey estão esperando desde 2014, quando Mariah lançou “Me. I Am Mariah … The Elusive Chanteuse”, um fracasso comercial, e felizmente, eles não terão que esperar muito mais tempo. Ao mesmo tempo em que anunciou o décimo quinto álbum de estúdio, a cantora também anunciou a formação de seu próprio selo, o Butterfly MC Records, que foi criado em parceria com a Epic Records, selo do qual Mariah é contratada.
Esta não é a primeira vez que Carey cria um selo, e na verdade, também não é a segunda. Butterfly MC é a terceira tentativa da cantora em lançar um selo de sucesso, e o mercado está aflito para saber quanto tempo este selo irá durar.
Crave Records
A primeira vez que Mariah se aventurou como proprietária de um selo musical, foi lançando a Crave Records, no ano de 1997. A esta altura ela já era uma superstar, e uma das artistas mais bem sucedidas do planeta. Em 1997, a cantora já tinha seis álbuns de extremo sucesso, e ela já havia alcançado 12 vezes o topo da Hot 100, tornando-se uma das maiores cantoras de todos os tempos. Lançar seu próprio selo era uma evolução natural do seu trabalho, mesmo que ela não usasse a empresa para lançar seu próprio material.
Infelizmente a Crave Records não durou muito. Carey não demorou a contratar vários artistas que estavam despontando (na época). Talvez o maior acerto da Crave Records tenha sido o grupo Allure, com sonoridade R&B. O grupo Allure foram os únicos artistas da Crave Records a entrar no TOP 40, embora dois outros nomes, 7 Mile e DJ Company, tenham conseguido entrar no Hot 100.
A Crave fechou as portas em 1998, apenas 1 ano após dar início ao projeto, o que é surpreendente, dado o valor que a dona do selo (Mariah) tinha, e o quanto ela poderia ainda investir em novos artistas.
MonarC Entertainment
Apenas alguns anos depois de fechar a Crave Records, Mariah decidiu ter novamente um selo, e em 2002 ela lançou a MonarC Entertainment. A empresa era de propriedade da Island Def Jam, onde a própria cantora era contratada. Desta vez Mariah decidiu que usaria o selo para lançar os próprios álbuns, 2 no total .
O primeiro álbum lançado, como um esforço conjunto entre a MonarC e a Island Def Jam, foi “Charmbracelet”. O título atingiu o terceiro lugar na Billboard 200, e só conseguiu colocar um single no Hot 100, que não conseguiu entrar no top 40.O segundo título lançado pela MonarC foi um álbum de remixes de alguns dos maiores sucessos da artista, intitulado simplesmente de “The Remixes”. A coletânea vendeu menos ainda que “Charmbracelet”, embora coletâneas de remixes fizessem sucesso na época.
A MonarC Entertainment foi colocada para escanteio após “The Remixes”, o que já dava sinais de que Carey não estava satisfeita com o resultado de sua empresa. O selo surgiu em meio de uma das maiores crises (pessoal e profissional) de Mariah, junto a isso, suas músicas não alcançaram o sucesso esperado. A cantora então abandonou a segunda tentativa de ter um selo próprio.
Butterfly MC Records
É muito cedo para dar algum prognóstico sobre a Butterfly MC Records, se durará 1 ou 2 anos. O anúncio de Mariah parece sugerir que a recém-formada empresa vai se concentrar em sua própria música, ao invés de gastar recursos assinando novos talentos. Mas mesmo Mariah Carey, hoje, não tem força para garantir o selo, uma vez que a cantora não consegue um hit há alguns bons anos. Embora seu histórico de sucessos seja enorme, o selo tem o dever de colocá-la no topo, um lugar ao qual já pertenceu.
Fonte: Forbes