‘Hello, it’s’… Emeli Sandé, a única intérprete desta geração capaz de rivalizar com Adele, como uma força da natureza. A vocalista escocesa (nascida, vejam só que curioso, Adele Emily Sandé) está de volta com, seu tão aguardado álbum, “Long Live the Angels”, uma evolução sobre novas versões dos acontecimentos (uma alusão ao título de seu álbum anterior “Our Version of Events’), particularmente o término de uma relação em 2010, que já durava 10 anos. Entre os melhores álbuns de 2016, a catarse triunfante de Sandé empurra a dor com credos espirituosos e, coroados de fé e empoderamento liderado pelo amor.
Nesta entrevista reveladora com Sandé, a cantora de 29 anos abriu seu coração sobre os fãs gays que a ajudaram a perceber que ela precisava de uma pausa, sobre a descoberta que as filhas do presidente Obama ouviam sua música e, como Mariah Carey a ajudou a se sentir menos sozinha.
Como você transforma em letras a sua história biracial?
Eu sinto que é por isso que dou 100% de mim na música, porque foi ela (música) a minha única e grande confidente, foi onde eu encontrei a minha própria identidade. Quando crescia, me sentindo muito diferente na Escócia, comecei a me identificar com música soul e música negra, e essa é a razão pela qual sempre coloquei tudo na minha música. Nunca quis fingir ser brilhante, sempre fui honesta nas letras.
Lembro-me de quão sozinha eu me sentia e que meu único conforto era a música, e isso foi só através de artistas que diziam a verdade e eram reais. Então, era assim que eu queria que minha carreira fosse. Mesmo que as coisas sejam difíceis de falar ou de processar, é importante para mim continuar fazendo isso como é, então se as pessoas são como eu quando eu era mais jovem, eles têm alguém que está dizendo a verdade e tentando não deixá-los sozinhos nessa jornada.
Para mim, o álbum “Butterfly” da Mariah Carey me fez sentir assim. Eu me identifiquei com uma música naquele álbum, “Outside”. Para você, qual foi …
(Risos) Eu também! Eu amo esse álbum, igualmente. É tão engraçado você mencionar essa música, porque ela é uma das minhas favoritas. Quando ela fala em entrevistas sobre como ela se sentia sendo mestiça e como certas músicas eram baseadas nisso – e mesmo que fosse alguém que eu nunca conheci, e estávamos em diferentes partes do mundo – eu me sentia confortada por isso.
Você foi capaz de compartilhar isso com Mariah?
Eu nunca fui capaz de falar com ela sobre a música, mas eu a encontrei algumas vezes. Eu a conheci no “American Idol” uma vez e ela disse: “Você é a garota que está escrevendo todas essas músicas!”, e eu pensava: Mariah Carey sabe que eu escrevo canções! (Risos) Eu estava completamente assustada. E eu me lembro de “Hero”. Lembro-me da música que ela fez no álbum “Rainbow”, “Can’t Take That Away”. Eu adoraria um dia conhecê-la melhor e dizer-lhe o quanto sua música me influenciou.
Você se auto-intitula como “lamb”, assim como os demais fãs da Mariah?
Eu nem sabia que era assim que nos chamavam, mas sim!
Estou imaginando uma colaboração.
Isso seria um sonho.
Fonte: PrideSource